A América Latina foi vista no século 20 como o “quintal” dos EUA – “patio trasero”, no espanhol de Francisco Urdinez, doutor em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais da USP e pelo King’s College London, e hoje professor assistente na Pontifícia Universidade Católica do Chile. No doutorado, ele estudou como a China distribuiu empréstimos financeiros, trocas comerciais e acordos de cooperação nos países latino-americanos entre 2001 e 2015, ocupando espaços que os norte-americanos deixaram de lado após os ataques de 11 de setembro.
[embedyt] https://www.youtube.com/embed?listType=playlist&list=PLwA0zWYFcS_h9UKQMbkWiHYr_Msoqi1Uu&v=KNS-4ka6x-Q[/embedyt]Francisco descobriu duas tendências no período estudado. A primeira é que alguns países latino-americanos tentaram escapar da dependência norte-americana fortalecendo as relações com a China. A outra é que a China se acomodou à presença dos Estados Unidos na América Latina, ocupando espaços que os americanos deixaram de lado para concentrar a política externa na “guerra ao terror”.
A tese foi a primeira a ser defendida no âmbito do programa de doutorado conjunto do IRI-USP com a instituição inglesa. A defesa aconteceu em abril de 2017.
Reportagem: Silvana Salles, Ana Paula Chinelli e Lucca Chiavone | Edição: Silvana Salles e Isabella Yoshimura | Realização: Núcleo de Divulgação Científica da USP