A China vai tomar o lugar dos EUA na América Latina?

Francisco Urdinez, doutor em Relações Internacionais pelo IRI-USP e o King’s College London, estudou os investimentos chineses em países latino-americanos para descobrir se eles disputam espaço com os negócios norte-americanos na região.

 10/05/2017 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 18/10/2019 às 11:33
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A América Latina foi vista no século 20 como o “quintal” dos EUA – “patio trasero”, no espanhol de Francisco Urdinez, doutor em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais da USP e pelo King’s College London, e hoje professor assistente na Pontifícia Universidade Católica do Chile. No doutorado, ele estudou como a China distribuiu empréstimos financeiros, trocas comerciais e acordos de cooperação nos países latino-americanos entre 2001 e 2015, ocupando espaços que os norte-americanos deixaram de lado após os ataques de 11 de setembro.

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Francisco descobriu duas tendências no período estudado. A primeira é que alguns países latino-americanos tentaram escapar da dependência norte-americana fortalecendo as relações com a China. A outra é que a China se acomodou à presença dos Estados Unidos na América Latina, ocupando espaços que os americanos deixaram de lado para concentrar a política externa na “guerra ao terror”.

A tese foi a primeira a ser defendida no âmbito do programa de doutorado conjunto do IRI-USP com a instituição inglesa. A defesa aconteceu em abril de 2017.

Reportagem: Silvana Salles, Ana Paula Chinelli e Lucca Chiavone | Edição: Silvana Salles e Isabella Yoshimura | Realização: Núcleo de Divulgação Científica da USP


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