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Com o objetivo de promover a diversidade e combater a diferença de gênero no ambiente acadêmico, a Faculdade de Direito (FD) da USP está criando diversas medidas. Prestes a celebrarmos o Dia Internacional da Mulher no próximo domingo (8), foi publicada uma portaria pela FD que prevê em 25% a participação feminina em eventos da faculdade. Para falar sobre o tema, o Jornal da USP no Ar conversou com a professora Mariângela Gama Magalhães, do Departamento de Direito Penal, que comentou outras situações que levaram à urgência de decisões semelhantes a essa, como a criação da Ouvidoria de Gênero.

Um exemplo da necessidade de criação de um espaço para ouvir alunas foi o fato delas serem desconsideradas na sala de aula por colegas homens. “Alunos que fazem questão de repetir o que elas disseram, porque acham que o que foi dito por uma mulher não tem validade [se não for na voz de um homem]. Não é algo consciente, é uma cultura que se reproduz na nossa sociedade”, afirma Mariângela, que é a coordenadora da Ouvidoria de Gênero da Faculdade de Direito da USP.

Atitudes mais graves também acontecem, como perseguições. Contudo, a professora vê com muito otimismo essas questões, com resolução dos problemas relatados com uma simples conversa. Ela também admite ver um aumento da conscientização dos próprios homens, que estão empenhados na causa feminina da igualdade de gênero.

“Quem conhece a Faculdade de Direito sabe que é um ambiente historicamente muito masculino. [Vemos isso] andando nas salas de aula que têm nomes de professores homens, com quadros dos mesmos. No ano passado, fizemos a inauguração da primeira sala com nome de uma professora (Ada Pellegrini Grinover). Isso foi um marco muito grande para nossa faculdade”, reconhece Mariângela Magalhães.

Ouça a entrevista completa no player acima.