Praticar atividade física em ambiente poluído não é o ideal

Paulo Saldiva comenta estudo realizado pela Escola de Educação Física e Esporte da USP, o qual mostra que se exercitar em meio poluído reduz alguns dos benefícios advindos da prática da atividade física, mas lembra que o sedentarismo é sempre pior

 21/03/2022 - Publicado há 2 anos

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Todos sabem que o exercício físico faz bem, assim como todos deveriam saber que a poluição faz mal. Então, até que ponto exercitar-se ao ar livre, num ambiente poluído, pode causar danos à saúde? A atividade física exige que respiremos mais profundamente em busca do oxigênio necessário para aquele determinado exercício e, com isso, aumentemos a dose de poluição que inalamos. Um estudo publicado por uma equipe da Escola de Educação Física e Esporte da USP, comparando a prática da atividade física num ambiente poluído e num ambiente saudável, mostrou “que à medida que o exercício aumenta e o tempo de exposição aumenta, alguns dos benefícios conseguidos pelo exercício, como redução de pressão arterial e a redução de algumas proteínas que ativam o sistema inflamatório, são afetados”.

O conselho do professor Paulo Saldiva para os praticantes de esportes é que se exercitem em lugares de menos movimento ou em horários de menor trânsito de veículos. De todo modo, diz ele, a pior situação é você não fazer exercício nenhum e ficar respirando somente a poluição. “Porque não é o exercício que expõe à poluição, é o viver numa cidade com as características de São Paulo, que tem níveis de poluição que podem ser prejudiciais à saúde.”


Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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