“Coringa” é filme complexo ao admitir mais de uma leitura

A opinião é do professor Guilherme Wisnik, que em sua coluna dedica-se a uma análise do filme que se tornou fenômeno mundial

 21/11/2019 - Publicado há 4 anos

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O Espaço em Obra desta semana abre espaço para falar do filme Coringa, grande sucesso de público e de crítica no Brasil e no mundo. Aliás, um sucesso que chega a surpreender, por se tratar, na opinião do professor Guilherme Wisnik, de um filme bastante radical, sob vários aspectos, a começar pela marcante performance do ator Joaquin Phoenix na pele do personagem título. Outro ponto a ser notado é o do filme adotar um discurso de esquerda, num momento de intensa polarização mundial. “O Coringa se torna o porta-voz dos pobres e dos oprimidos”, diz Wisnik.

Ao mesmo tempo em que Joaquin Phoenix constrói seu personagem com sutileza, pois o Coringa nada mais é do que um produto da sociedade, Thomas Wayne, o pai do Batman, é visto como um empresário protofascista. “Isso, de alguma maneira, constrói essa dualidade que tem no filme e que gera essa explosão de revolta social, da qual o Coringa é o grande catalisador.”

No entanto, o filme também admite uma leitura neoliberal, à direita, o que o torna uma obra que pede uma maior reflexão. Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna Espaço em Obra.


Espaço em Obra
A coluna Espaço em Obra, com o professor Guilherme Wisnik, vai ao ar  quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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