O embaixador Rubens Barbosa fala esta semana sobre um fenômeno atual: o desaparecimento do centro, que ocorreu no Reino Unido e está ocorrendo em outras nações – Líbano, Hong Kong, Chile, Equador, Bolívia -, que passam por movimentos sociais nos quais a população se volta contra o governo sem a mediação de partidos políticos. São crises políticas que surgiram em virtude da polarização entre grupos sociais, uma radicalização que, em alguns países, ameaça as próprias instituições.
No Brasil, a situação não é diferente – o País passa por um processo de divisão interna já há duas décadas, suportando a radicalização entre esquerda e direita. Para Barbosa, a eleição de outubro foi um divisor de águas na história política brasileira, a primeira nos tempos modernos em que a direita venceu numa eleição democrática. Como consequência, a esquerda ficou sem lideranças e, portanto, não houve oposição ao governo que assumiu. A recente decisão do STF, libertando o ex-presidente Lula, mudou esse cenário. A esquerda voltou a ganhar uma liderança efetiva e ativa contra Bolsonaro, ao mesmo tempo em que procura esvaziar o centro político.
Com isso, a ameaça de polarização volta a rondar o cenário político nacional, colocando em risco a própria estabilidade política da nação. Barbosa conclama a sociedade brasileira a se organizar para evitar a confrontação que vem ocorrendo em vários outros países. Para ele, “é urgente a formação de um centro”.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna Diplomacia e Interesse Nacional.
Diplomacia e Interesse Nacional
A coluna Diplomacia e Interesse Nacional, com o professor Rubens Barbosa, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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