CEM mapeia terminais de passageiros da Região Metropolitana de SP para avaliar integração

O geógrafo José Donizete Cazzolato explica que a ideia é sintetizar informações dispersas sobre os terminais paulistas a partir de dados que apresentam a localização dos 140 terminais aéreos, rodoviários e ferroviários

 19/09/2023 - Publicado há 7 meses     Atualizado: 20/09/2023 as 13:08
Os terminais são locais onde algumas linhas de ônibus se juntam e se integram com outros modais – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da USP mapeia terminais de passageiros da Região Metropolitana de São Paulo. Os dados apresentam a localização dos 141 terminais aéreos, rodoviários e ferroviários que foram obtidos a partir de uma Base Cartográfica Digital Georreferenciada dos Terminais. José Donizete Cazzolato, geógrafo e pesquisador do CEM, explica que a base cartográfica é importante e faz parte de um conjunto de outros arquivos digitais georreferenciados da Região Metropolitana de São Paulo. 

Terminais 

Atualmente, o arquivo conta com 140 terminais e Cazzolato destaca que é comum a ocorrência de confusões com relação a essa temática. Assim, o geógrafo explica que os terminais são locais onde algumas linhas de ônibus se juntam e se integram com outros modais —- como o Metrô, o trem, o ônibus rodoviário e outros tipos de transporte. O terminal Tietê é um exemplo disso, uma vez que conta com um transporte rodoviário de categorias internacional e nacional, juntamente com a integração de um terminal de Metrô e algumas linhas de ônibus. 

José Donizete Cazzolato, pesquisador do CEM – Foto: Reprodução/LinkedIn

“Em uma cidade como São Paulo, há uma série de terminais, alguns de alcance imediato ou local — como Embu-Guaçu e Salesópolis — e outros de porte médio, regional e internacional. A gente tem que trabalhar com esses dados e buscar uma organização para que o usuário dessa base consiga trabalhar melhor”, adiciona o pesquisador. 

Pesquisa

A Base encontra-se disponível gratuitamente no site do CEM, que conta com um acervo de arquivos cartográficos considerável da Grande São Paulo. “A grande vantagem desses arquivos é que eles sintetizam informações que estão dispersas”, comenta Cazzolato. Assim, a EMTU, a SPTrans, diferentes Prefeituras e órgãos são consultados para avaliar as informações que irão entrar nos relatórios.

Segundo o geógrafo, os pesquisadores envolvidos nesse processo procuram condensar tudo nesse arquivo para que, na hora de uma pesquisa ou de uma análise espacial, tudo se facilite. Apesar disso, é evidente que o espaço é dinâmico, uma vez que a Região Metropolitana está em constante crescimento e, com isso, é comum que mudanças nos terminais também aconteçam  — sendo necessário que atualizações sejam realizadas no mapa. 

Por fim, o pesquisador destaca que essa pesquisa, diferentemente de outros projetos, procura colocar informações sobre os 39 municípios da Região Metropolitana. Assim, não só os terminais, como também as linhas de Metrô ganham atenção na busca por mais informações. 

Para saber mais sobre a pesquisa, acesse: https://centrodametropole.fflch.usp.br/ 


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