Um dos grandes avanços na prevenção do câncer de colo do útero foi a vacinação contra o HPV; no entanto há relatos de efeitos adversos que vêm prejudicando a aceitação da vacina. O médico ginecologista da Faculdade de Medicina da USP, Alexandre Faisal, comenta esse tema no Saúde Feminina de hoje.
Faisal afirma que a estratégia preventiva da vacinação já foi implantada em mais de 50 países, e a maioria dos estudos aponta para a eficácia da vacinação, uma vez que o câncer de colo do útero é o mais comum entre as mulheres, com 570 mil casos novos e 270 mil mortes por ano, considerando as mulheres do mundo todo.
Dados apresentados por Faisal mostram que os pesquisadores tentaram entender a maior ocorrência de efeitos adversos da vacinação de HPV em mulheres que tinham antecedentes psiquiátricos e psicológicos e chamaram a atenção para três possibilidades: “Os efeitos adversos teriam ocorrido independente da vacinação; a segunda causa seria que eventualmente pessoas com condições psiquiátricas podem ter uma maior sensibilidade para a vacina; e a terceira: as mulheres com alterações psiquiátricas reagem diferentemente à vacinação em termos da percepção dos sintomas físicos corporais”.
O médico ginecologista dá um recado: “A vacinação é bastante segura e é preciso dar mais atenção ao psiquismo da mulher e menos aos efeitos colaterais em alguns cenários”, observa.
Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Saúde Feminina.