A trajetória da física Marie Curie, nascida Maria Sklodowska na Polônia, em 7 de novembro de 1867, e que inspira cientistas do mundo todo até os dias de hoje, retratada no filme Radioactive, é o tema da coluna Ciência e Cientistas. “Seu pai e sua mãe eram professores. A mãe de Marie morreu de tuberculose quando ela ainda era criança, assim como uma irmã mais velha tinha morrido de tifo”, conta o físico Paulo Nussenzveig. “O pai de Marie valorizava todo tipo de conhecimento e teve forte influência sobre a filha que, desde pequena, destacava-se nos estudos.”
“Impossibilitada de ter acesso à educação superior na Polônia sob ocupação russa, Marie mudou-se para a França, ingressando como estudante na Sorbonne e vivendo com dificuldades financeiras num pequeno aposento em Paris”, relata o físico. “Embora no início percebesse que seus colegas franceses tinham mais conhecimentos de matemática e física do que ela, com muito esforço e teimosia formou-se em primeiro lugar da turma.”
“Em 1894, um físico polonês lhe apresentou Pierre Curie, que acreditava poder ajudar Marie a obter espaço de laboratório para realizar suas pesquisas. Aos poucos, seus interesses científicos e pessoais foram se aproximando e eles se tornaram colaboradores e, posteriormente, se casaram”, conta Nussenzveig. “A descoberta por Henri Becquerel, em 1896, da emissão espontânea, por sais de urânio, de raios que se pareciam com os raios X, intrigou Marie, que decidiu se dedicar ao seu estudo. Ela demonstrou que a energia emitida era proporcional à quantidade de urânio contida no material e postulou que seria uma propriedade atômica. Foi ela quem cunhou o termo radioatividade e quem descobriu outros elementos com atividade natural.”
Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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