Música clássica para deficientes auditivos

Salas de espetáculo são preparadas com tecnologia específica para expandir sensações auditivas

 15/03/2024 - Publicado há 1 mês
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Nesta edição de sua coluna, Luli Radfahrer conta a respeito de um projeto que está começando a desenvolver com seus alunos e que prevê a audição de música clássica por deficientes auditivos. “Se você pensar, e isso que é bonito da ideia, como que a gente ouve? A gente ouve de uma forma muito simples. Você fala, o ar treme e o seu tímpano, que é uma membrana muito fina, ele percebe esse tremor do ar e traduz isso na forma de som. A pessoa surda não consegue ouvir, ela não tem essa capacidade; agora, ela pode sentir esse tremor do ar, esse tremor da música de uma forma completamente diferente, como, por exemplo, em uma cadeira que tenha sete ou oito ou 16 motores, eles vão tremer em lugares diferentes e intensidades diferentes, conforme o andamento da música.”

Radfahrer acredita que isso possa acontecer em salas de espetáculo, o que traria as pessoas para esses locais. “Você traz as pessoas que tenham alguma deficiência auditiva para ali, mas até as pessoas que escutam muito bem vão querer ouvir e ter uma experiência diferente da música clássica, uma experiência completamente diferente, que você teria vendo televisão na sua casa ou ouvindo música com fone de ouvido, você vai ouvir a música com o corpo inteiro, e é para isso que a tecnologia serve, para expandir a gente. Eu achei essa ideia muito bonita.”

 


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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