Na última semana, o presidente norte-americano, Joe Biden, esteve na Europa para manter contato com seus aliados europeus para a reconstrução da aliança transatlântica entre Europa e Estados Unidos. A aliança foi um pilar da segurança internacional do Ocidente e foi formalizada na Otan, que é de 1949, reunindo EUA, Canadá e os países europeus.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é o órgão de defesa militar criado pelas potências ocidentais na Guerra Fria, em contraposição ao bloco socialista, que criou o Pacto de Varsóvia, já extinto, após a queda do muro de Berlim e o fim da Cortina de Ferro, em 1989. Com o fim do Pacto de Varsóvia, muitas nações do Leste ingressaram na Aliança Atlântica, como a organização também é chamada.
Vários fatos importantes ocorreram nessa viagem de Joe Biden. Alberto do Amaral Jr. destaca “o pedido da Ucrânia para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte, já que o país se sente ameaçado pela concentração de tropas militares russas em suas fronteiras e deseja obter a proteção da Otan”. Outro ponto de destaque foi a ameaça feita pelo presidente norte-americano aos atos de hackers russos. Eles fizeram ataques a empresas de infraestrutura dos Estados Unidos, inclusive empresas petrolíferas, que causaram problemas imensos de abastecimento no país.
“A equiparação de ataque digital nessas proporções a um ato militar, com o uso da força física, com mísseis, aviões, navios e tropas militares, é algo extremamente novo”, explica. “Estamos diante de um fato que altera a natureza dos conflitos internacionais e até da própria guerra, porque compara um ato digital com um ato de força. E fica “velada” a ameaça que os Estados Unidos fazem à China, uma vez que algo semelhante poderia acontecer se hackers chineses praticassem atos contrários aos interesses americanos e tivessem o caráter de afetar a estrutura ou a infraestrutura daquele país”, conclui.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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