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O professor Luciano Nakabashi, ao comentar a tentativa de golpe de Estado sofrida pelo Brasil ainda muito recentemente, argumenta que a liberdade de expressão é um requisito básico de todo regime democrático. “É claro que a democracia tem que ser melhorada no País, mas retroceder em relação a isso é um atraso sem precedentes.” Do ponto de vista da economia, quanto maior a intervenção do governo, menor o desempenho daquela. “Pode ser que funcione num período mais curto de tempo, a gente viu até que, na época do regime militar no Brasil, teve um grande crescimento econômico, mas depois esse crescimento começou a se reduzir e nós tivemos problemas de crescimento na década de 80 – a década perdida  -, os elementos foram construídos no regime militar, o grande endividamento do País, sobretudo no setor público, e uma geração grande de ineficiências, investimentos que hoje praticamente se dissiparam […] a gente vê a desindustrialização que o País sofreu, foi até por um excesso de indústrias que a gente colocou no País naquele momento, de forma não competitiva, de forma não sustentável.”

O colunista traça um breve paralelo com a China, que, segundo ele, também começa a enfrentar problemas em sua economia, “mas, de fato, eles estimularam o mercado, era uma economia comunista, eles começaram a estimular regras de mercado e isso sustentou o crescimento deles, mas começou já a entrar em contradição, um Estado totalitário com uma economia crescendo, e é muito possível que o governo lá comece – já tem começado, na verdade – interferir mais no funcionamento do mercado, isso prejudica o crescimento da economia chinesa. Então, não tem uma relação direta, mas governos mais centralizados, ditatoriais, tendem a interferir mais na economia, isso acontece em algum momento ou outro, e aí começa a ter impactos negativos sobre o desempenho econômico”.

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