O professor Alberto do Amaral comenta que é preciso que se faça uma análise do mundo atual. Os Estados Unidos emergiram da Segunda Guerra Mundial como a grande potência capaz de estabelecer a ordem econômica internacional através do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT).
Essas instituições foram fundamentais para a liberalização do comércio internacional e intensificação de trocas entre os diversos países. Essa situação perdurou durante toda a Guerra Fria, que foi o conflito entre Estados Unidos e União Soviética, por quase cinco décadas, até 1991.
O fim da União Soviética em 1991 alavancou os EUA para a condição de única superpotência mundial, o que os levou a alterar a sua posição no mundo. Se tornaram a única potência hegemônica na ordem internacional com destaque na área militar, na supremacia militar, na hegemonia econômica e na hegemonia cultural.
E a expectativa, que fica para o futuro dos Estados Unidos, é que o país tem a responsabilidade de promover valores universais. Mas é fato que no campo militar continua sendo a grande superpotência, porém não dá a capacidade de ordenar a vida econômica internacional de forma unilateral.
A China rivaliza com os Estados Unidos e corre o grande risco de ultrapassar o poder norte-americano nos próximos anos. O professor Alberto do Amaral Jr. lembra da frase do ex-presidente Bill Clinton, em palestra na Universidade de Yale: “Os Estados Unidos devem preparar-se para compartilhar a posição de potência hegemônica com outras potências no século 21”. “Resta saber se chegou este momento ou se ainda tardará a acontecer”, analisa o professor Amaral em sua coluna semanal Um Olhar Sobre o Mundo.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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