Newsletter Sonora #17: A música afrobrasileira e a cultura alimentar dos povos tradicionais

A música de Xênia França (foto) e de Ananda Maranhão e a cultura alimentar dos povos tradicionais foram abordadas pela Rádio USP na semana passada

 23/11/2023 - Publicado há 1 ano
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A música de Xênia França (foto) e de Ananda Maranhão e a cultura alimentar dos povos tradicionais foram abordadas pela Rádio USP na semana passada – Foto: Marcosfaria70/Wikipedia Commons e Reprodução/Freepik

Nã Maranhão – ou Ananda Maranhão – e Xênia França são duas cantoras apresentadas no programa Quilombo Academia. Nã Maranhão apresenta, em sua música, uma espécie de “tribuna da diversidade”, que destaca o samba como a polissemia do multiculturalismo da música brasileira. Sua arte traz a ambiência do candomblé, em que a mulher tem lugar no sacerdócio e todas as formas de sexualidades são vistas como manifestações da orixalidade. Já Xênia mostra um canto que testemunha a herança africana bantu. Sua música se estabelece como forma de luta, buscando a interpretação de composições que se inserem como afirmação positiva da africanidade brasileira. Isso a coloca como uma artista porta-voz das minorias, dando destaque principalmente à luta contra o preconceito racista.

Conservar a cultura alimentar dos povos tradicionais beneficia a população em geral

“Sobre sistemas alimentares tradicionais, que são aqueles em que as pessoas plantam e colhem o que comem, há cada vez mais evidências de seus inúmeros benefícios, o que inclui a diversidade de alimentos consumidos e a qualidade da dieta, com uma diversidade maior de nutrientes importantes para a nossa saúde”, afirma a nutricionista Michelle Jacob, do Núcleo de Extensão Sustentarea da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Segundo ela, esses conhecimentos podem trazer benefícios para a sociedade em geral. “Uma vez que, a partir do conhecimento da biodiversidade, desenvolvemos um novo medicamento ou descobrimos um novo alimento, esse conhecimento tem o potencial de beneficiar a todos”, diz Michelle.

Pesquisadores da USP desenvolvem embalagens biodegradáveis, antimicrobianas e comestíveis

Pesquisadores da USP desenvolveram patentes de plásticos biodegradáveis feitos a partir de resíduos industriais. Uma característica que os diferencia dos demais materiais similares já existentes é que esses plásticos possuem compostos bioativos com atividade antioxidante e antimicrobiana, podendo até ser comestíveis. A professora Délia Blácido, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLR) da USP, coordenadora do projeto, explica que os resíduos agroindustriais são fontes de uma variedade de polímeros naturais que podem ser utilizados na fabricação de plásticos com características especiais. Uma das patentes desenvolvidas foi a do plástico bioativo anti-oxidante e antimicrobiano para alimentos.

Hallyu, a cultura da Coreia do Sul, causa impacto no turismo

A cultura hallyu, da Coreia do Sul, se espalha pelo mundo através de grupos musicais, séries de TV e filmes. Ela também atrai turistas para aquele país do Oriente, que visitam a Coreia do Sul atraídos pela cultura tradicional do lugar. Para a pesquisadora Ana Maria Romeiro, da Universidade de Brasília (UnB), existe um fenômeno chamado “turista hallyu”: são aqueles que seguem os passos dos famosos, principalmente grupos de música korean pop. Eles visitam cafés, restaurantes e locais de filmagens de clipes, onde seus ídolos já estiveram. O Boletim Ciência do Turismo usa esse exemplo sul-coreano para refletir sobre a possibilidade de o Brasil também criar uma “onda brasileira”, assim como a hallyu da Coreia do Sul.


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