Desafios da ciência brasileira são tema de conferência do professor emérito da USP, Walter Colli

Evento foi promovido pela Escola São Paulo de Ciência Avançada em Diplomacia Científica e Diplomacia da Inovação; na ocasião, o docente foi homenageado por sua trajetória na Universidade

 30/03/2021 - Publicado há 4 anos
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Na ocasião, o docente também foi homenageado por sua trajetória acadêmica na Universidade – Foto: Reprodução

 

A Escola São Paulo de Ciência Avançada em Diplomacia Científica e Diplomacia da Inovação (São Paulo School of Advanced Science in Science Diplomacy and Innovation Diplomacy – InnScidSP) promoveu, no dia 30 de março, em parceria com o Instituto de Química (IQ), sua aula magna com a conferência “Desafios da Ciência Brasileira nos Tempos Atuais”, ministrada pelo professor sênior do IQ e professor emérito da USP, Walter Colli. Na ocasião, o docente também foi homenageado por sua trajetória acadêmica na Universidade.

“Sempre ressalto a importância de rememorarmos a trajetória e homenagearmos pessoas que fazem a diferença em nossa Universidade, que forjaram esta estrutura maravilhosa que é a USP, apesar de todas as adversidades e contratempos que temos, em um país conturbado e em momentos complicados como os atuais”, destacou o reitor Vahan Agopyan.

Em sua palestra, Colli fez uma comparação entre a produção científica de alguns países, como Estados Unidos, China, Índia e Brasil, e os investimentos feitos pelos respectivos governos nas áreas de ciência e tecnologia. O docente também falou sobre a importância da cooperação entre universidades e setor produtivo para o fomento à pesquisa.

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“A ciência é universal, pois o conhecimento é um só e é propriedade da humanidade. Não há ciência regional ou local. Se existe um fato, uma verdade comprovável, ela vale para todos. A ciência feita no Brasil é considerável, mas ainda muito pouca, se compararmos com os Estados Unidos, a China, a Índia, o Reino Unido ou a União Europeia. O mundo tem 196 países, e o Brasil, em 2018, era o 11ª produtor de ciência. Isso significa que o Brasil tem produção científica, que o Brasil tem cientistas”, afirmou.

Para Colli, “somente pode haver uma sociedade baseada em ciência, se a atividade científica for financiada plenamente de forma sistemática, sem sustos, sem contingenciamentos, sem interferências de quem nada entende”.

Além do reitor, participaram do evento o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto; a diretora do IRI, Janina Onuki; o diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski; e a professora do IQ, Bianca Zingales.

Promovida pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI), em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Diplomacia Científica e Diplomacia da Inovação reúne especialistas brasileiros e estrangeiros para discutir como a diplomacia científica influencia no desenvolvimento e na inovação de um país, em diversas áreas da tecnologia.

Criada em 2019, a iniciativa é coordenada pelo professor do IRI e vice-diretor do Museu Paulista, Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira, e pelo chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia da Embaixada Brasileira em Nova Déli, Pedro Ivo Ferraz da Silva.

Assista, a seguir, à íntegra da conferência.


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