No dia 23 de junho, o Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada virtualmente, a tabela de vagas dos cursos de graduação da USP para o vestibular de 2021.
No próximo ano, serão oferecidas 11.147 vagas, das quais 8.242 destinadas para seleção pelo vestibular da Fuvest e 2.905 vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), voltado aos candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com a resolução nº 7.373/2017, que estabelece as formas de ingresso na Universidade, para 2021, 50% das vagas de cada curso de graduação e turno estão reservadas para candidatos egressos de escolas públicas (EP).
Nesse porcentual incide reserva de vagas para candidatos pretos, pardos e indígenas (PPI) equivalente à proporção desses grupos no Estado de São Paulo, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é de 37,5%. Essa reserva considera, conjuntamente, os dois processos de seleção da Universidade: o vestibular da Fuvest e o Sisu.
Do total de 8.242 vagas oferecidas pela Fuvest este ano, 4.945 serão reservadas para candidatos na modalidade ampla concorrência; 2.144 vagas para candidatos EP; e 1.153 para EP/PPI.
Para a seleção do Sisu estão sendo destinadas 2.905 vagas: 616 serão para ampla concorrência; 1.262 para estudantes EP e 1.027 para estudantes EP/PPI.
Durante a reunião, o pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, explicou que o calendário da Fuvest está mantido e “a USP está aguardando a definição da data do Enem para fazermos as flexibilizações que forem possíveis de serem feitas”. O Inep, órgão federal responsável pela prova, está fazendo uma enquete junto aos estudantes inscritos no Enem para a escolha do período de aplicação do exame – dezembro, janeiro ou maio.
Clique aqui para acessar a tabela geral das vagas por curso.
Novo curso
Para o próximo vestibular também foi aprovada a criação do curso de Bacharelado em Ciência de Dados do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), no campus da USP em São Carlos. O novo curso oferecerá 20 vagas oriundas dos Bacharelados em Ciências de Computação e em Matemática, será oferecido em período integral e terá duração de quatro anos.
O novo curso do ICMC visa formar um profissional que domine os conhecimentos e habilidades necessários em algoritmos, estruturas de dados e programação, inteligência artificial, aprendizado de máquina e mineração de dados estruturados e não estruturados, modelagem, organização, armazenamento e gerenciamento de dados, modelagens matemáticas e estatísticas, otimização, inferência, construção e condução de experimentas, visualização científica e de informação, e desempenho computacional, além de desenvolver competências em ética, comunicação e pesquisa.
O profissional pode, ainda, desenvolver técnicas avançadas de programação e de engenharia de software, sistemas computacionais para computação de alto desempenho, recuperação e processamento de dados da web e segurança da informação.
“O ICMC oferece cursos em todas essas áreas, desenvolve várias iniciativas nessa linha, e a proposta do curso agrega essas ações. É um curso inovador e reunimos todas as competências para formar um bom profissional”, ressalta a diretora do Instituto, Maria Cristina Ferreira de Oliveira.
Nova habilitação
Outra novidade para 2021 é a criação da habilitação em Engenharia Nuclear, a ser oferecida como opção de composição dos cursos de Engenharia de Materiais e Engenharia Metalúrgica da Escola Politécnica (Poli).
A nova habilitação fará parte do curso 31 da carreira 780 do Vestibular da Fuvest e passará a se chamar Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear, com número de vagas aumentado das atuais 50 para 55, sendo 10 vagas reservadas para a nova habilitação de Engenharia Nuclear. As novas vagas são decorrentes de remanejamento interno nos cursos da Escola.
A nova habilitação, que será ministrada em período integral e com duração de cinco anos, foi criada tendo em vista a carência da oferta de cursos semelhantes no país e a demanda esperada de profissionais na área.
Há, ainda, a perspectiva de crescimento de atividades nucleares no meio civil, principalmente nas aplicações médicas, e no meio militar, com o programa do submarino nuclear. A diretora da Poli, Liedi Légi Bariani Bernucci, destaca a produção de radiofármacos como importante área de atuação do engenheiro nuclear.
A USP será a segunda universidade a oferecer o curso no Brasil, ao lado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).