Coletivo oferece mentoria sobre artigos acadêmicos exclusiva para pessoas negras

Programa oferece 30 vagas para apoiar a continuidade de estudos de grupos minoritários no ensino superior, começando pela aproximação com artigos acadêmicos; capacitação ocorre em oito encontros virtuais e tem inscrições abertas até 18 de maio

 16/05/2023 - Publicado há 12 meses
Ciclo de mentorias do Coletivo Itéramãxe será entre os dias 27 de maio e 22 de julho, em oito encontros virtuais – Foto: Pexels

 

O Coletivo Itéramãxe, fundado por mulheres negras estudantes de pós-graduação na USP, oferece 30 vagas exclusivas para pessoas negras em seu novo programa de mentorias, denominado Ciclo Sankofa: uma primeira aproximação com artigos acadêmicos. O ciclo de mentorias acontecerá entre os dias 27 de maio e 22 de julho, distribuído em oito encontros virtuais. Dentre as 30 vagas, 15 serão destinadas para advogados ou estudantes de Direito e 15 para estudantes de outras áreas, sejam eles graduandos ou já formados. As inscrições podem ser realizadas até o dia 18 de maio via formulário digital.

A iniciativa conta com a parceria do Instituto Pro Bono, que auxilia como ponte entre advogados voluntários e entidades sem fins lucrativos voltadas ao atendimento de pessoas em vulnerabilidade social. Ao longo das oficinas, os participantes desenvolverão seu próprio artigo acadêmico, que poderá ser apresentado em um simpósio organizado pelo próprio instituto ao fim do ciclo. Os trabalhos também serão publicados em formato digital.

Alessandra Garcia – Foto: Arquivo pessoal

Diferente das mentorias tradicionalmente oferecidas pelo Itéramãxe, o foco deste ciclo será o auxílio a estudantes de graduação. “O pessoal do Instituto Pro Bono nos procurou, falando sobre a dificuldade que os graduandos têm para escrever artigos e conhecer metodologias. Mesmo sendo na graduação, sabemos que escrever artigos e elaborar projetos de iniciação científica fazem parte do caminho para conseguir alcançar uma pós-graduação no futuro. Sem ter esse conhecimento, fica muito difícil”, afirma a fundadora e coordenadora organizacional geral do Itéramãxe, Alessandra Garcia. A coordenadora é advogada de formação e atualmente integra o Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas) como mestranda da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

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A parceria com o Pro Bono surgiu durante o Conexão Negra, uma iniciativa de combate ao racismo nos espaços de trabalho promovida pelo Ministério Público do Trabalho e da Cáritas Brasileira. O projeto busca promover a diversidade racial no campo profissional por meio de formações e cursos nas áreas de direito, publicidade, empresarial, estética e cultural. 

Coletivo-quilombo

O Instituto Itéramãxe se define como um coletivo-quilombo majoritariamente negro, feminino e oriundo de bairros periféricos, que visa a apoiar e elaborar iniciativas em busca de uma universidade mais plural. A principal atuação do Itéramãxe é voltada à continuidade dos estudos universitários, preparando pessoas de grupos minoritários para os processos de pós-graduação.

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O projeto apoia diversidades de ideias e de pesquisas a partir do ingresso de grupos ditos minoritários na pós-graduação, sendo estes compostos por pessoas negras, quilombolas, indígenas, LGBTQIAPN+ e com deficiência, que tiveram suas trajetórias na educação comprometidas por desigualdades estruturais.

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