Brasil deve rever posição em relação ao Pacto Mundial para Migração

A opinião é de Pedro Dallari, ao observar que o pacto é um avanço para a civilização e o Brasil precisa fazer a sua parte

 13/02/2019 - Publicado há 5 anos

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O Pacto Mundial para Migração é o tema desta edição com o professor Pedro Dallari. Esse pacto foi assinado em dezembro de 2018 por 164 países em Marrakesh, no Marrocos. O acordo foi organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e estabelece diretrizes para regular migrações no sentido de fazer com que a mobilidade seja feita de maneira segura, ordenada e regular, diminuindo os impactos negativos que podem advir com a circulação abrupta de pessoas de um país a outro.

É um documento abrangente que objetiva melhor gerenciar a migração internacional, enfrentar seus desafios e fortalecer os direitos dos migrantes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. O texto destaca princípios e enumera propostas para ajudar os países a enfrentar as migrações, como o intercâmbio de informação e de experiências ou a integração dos migrantes.

Dallari comenta que os Estados Unidos não assinaram o acordo, em consonância com a xenofobia expressamente assumida pelo presidente Donald Trump, e o Brasil, no primeiro momento, assinou o acordo, mas um dos primeiros atos do presidente Bolsonaro foi desistir de ser signatário do pacto, alegando que não gostaria de sofrer ingerência internacional no tratamento do tema das migrações feito internamente. “Essa medida brasileira de se retirar do Pacto Mundial para Migração não se justifica. É muito importante que o Brasil reveja sua posição e volte a integrar o Pacto Mundial, um avanço do ponto de vista da civilização”, observa.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Globalização e Cidadania.


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