Regiões periféricas de São Paulo não possuem mesmo acesso à cultura

Martin Grossmann comenta a busca de política pública cultural que possa considerar a sociedade plural que é o Brasil

 18/07/2019 - Publicado há 5 anos
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Recentemente, foi anunciado pela Spcine um investimento de R$ 24 milhões para a produção e distribuição de filmes nacionais. O audiovisual está incluso nos dez movimentos estratégicos do programa São Paulo capital da cultura, criado pelo prefeito Bruno Covas. Martin Grossmann, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, comenta sobre o programa e suas relações com o atual cenário cultural do País.

O professor explica que o avanço do conservadorismo, que já é uma realidade em todo o mundo, pode ser visto como um desafio a ser enfrentado quando consideradas as conquistas obtidas no passado. O Brasil é hoje uma potência cultural, no entanto, deve-se olhar para o futuro e repensar sobre a identidade e legado que serão deixados. Grossmann diz que o desejo é de um Brasil mais inclusivo, que fale sobre uma cultura de acessibilidade e que esteja atento e crítico ao racismo estrutural que convive e modela a sociedade, buscando, assim, uma política cultural que possa considerar a sociedade plural que é o Brasil.

Levando em consideração a geografia humana, São Paulo pode ser dividido em três centralidades. A primeira, contemplando o centro; a segunda, a região da Avenida Paulista; e a última, indo do bairro Morumbi até o campus Butantã da USP. Dentro delas, a periferia não está presente. O professor comenta sobre a necessidade de criar políticas públicas culturais que envolvam as áreas mais restritas da cidade.

Ouça a matéria na íntegra no áudio acima.


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