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Na coluna desta semana, o professor Nabil Bonduki analisa o projeto de intervenção do governo do Estado na rodovia Raposo Tavares. “Não resta dúvida nenhuma que é necessário se fazer uma intervenção na rodovia Raposo Tavares, principalmente no trecho urbano entre a Granja Viana, no km 22, e a entrada de São Paulo na Rua Alvarenga. É um trecho que permanece quase sempre congestionado e com excesso de veículos para o tamanho da via. Os deslocamentos não são intermunicipais, mas sim interbairros”, ressalta. No entanto, Bonduki afirma ser uma proposta inadequada, buscando resolver o problema de mobilidade ampliando e alargando a avenida. É uma intervenção que não vai resolver o problema, vai apenas transferi-lo mais para a frente, como aconteceu em vários casos de alargamento de avenidas, o que estimula mais ainda o uso do carro.

O alargamento da avenida, no ponto de vista do professor, vai gerar um impacto muito grande ao meio ambiente, porque os carros são hoje os principais geradores dos gases de efeito estufa que geram o aquecimento global, e também vai gerar uma enorme quantidade de desapropriações a um custo muito elevado para o governo do Estado, impactando várias comunidades que moram e vivem no entorno da Raposo Tavares. “Eu entendo que esse projeto precisa ser melhor discutido e buscar outras alternativas para resolver o problema do congestionamento da rodovia Raposo Tavares.”

Para o professor Nabil Bonduki, a melhor solução é a ampliação do Metrô e da rede de transporte coletivo. “Não tem nenhuma linha férrea que sirva àquela região integrando os bairros perto da rodovia. O Metrô é rápido e seguro, oferece conforto e precisa atender todas as regiões da cidade”, ressalta.

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