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O Núcleo de Popularização dos Conhecimentos sobre Evolução Humana (NPCEH), criado em 2020 no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, tem como finalidade divulgar conhecimentos atualizados sobre o processo da evolução humana no planeta, que se iniciou há mais de 7 milhões de anos. Para cumprir essa missão, o núcleo está disponibilizando sete palestras para escolas de ensino médio e de nível superior, além de exposições itinerantes, relacionadas ao processo evolutivo humano. As atividades podem ser presenciais e também a distância, e as instituições podem fazer o agendamento para no máximo duas palestras por ano.
Pautado no evolucionismo, o núcleo não quer polemizar com os criacionistas, acreditando que essa opção deve ser feita de maneira informada, conhecendo-se a argumentação e as evidências de ambas as linhas de pensamento. “Nesse sentido, o Estado brasileiro tem falhado fragorosamente. Por um lado, o ensino do pensamento evolutivo darwiniano na escola básica é bastante precário, quando não equivocado, para dizer o mínimo. Por outro, faltam no Brasil instituições como museus de história natural, que divulguem para o grande público o que a ciência tem a dizer sobre a origem e a diversificação da vida no planeta, e mais especificamente sobre o processo evolutivo humano”, descreve a apresentação do núcleo.
O objetivo é minimizar essa lacuna, promovendo atividades de divulgação científica. A organização das atividades é de Walter Neves, biólogo, arqueólogo, e antropólogo evolutivo brasileiro, professor aposentado do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP.
O homem veio do macaco?
As palestras têm duração de 60 minutos e são seguidas de debates com os alunos. Entre elas, está A origem física do humano: o bípede nu, ministrada por Lia Amaral, que é dirigida a alunos do ensino superior. Ela explica que a classificação da espécie humana como “primata bípede pelado” é dada pelas características biológicas que surgiram milhões de anos antes do aumento do cérebro e que diferenciam os seres humanos dos demais primatas. Assim, a análise das propriedades físicas dos pelos mostra que a sua redução traz a locomoção bípede como consequência direta, diante da necessidade de carregar as crias nos braços.
Também dirigida a alunos do ensino superior, a palestra O que é psicologia evolucionista?, com Marco Varella, tenta resolver os mal-entendidos sobre a Psicologia Evolucionista, apresentando as bases conceituais e metodológicas da disciplina, além de alguns exemplos de pesquisas da área. Trata-se de uma abordagem interdisciplinar e integradora que investiga os aspectos evolutivos dos vários mecanismos psicológicos existentes na natureza humana universal.
Além destas, podem ser programadas as seguintes palestras para alunos do ensino superior: O que é evolução darwiniana?, com Peter Moon; A revolução do DNA fóssil: reescrevendo a história da evolução humana, ministrada por André Strauss; Desde quando existe no planeta algo que podemos chamar de humanidade?, com Walter Neves; e A evolução da homossexualidade humana, com Jaroslava Valentova.
A palestra dirigida a alunos do ensino médio, E não é que o homem veio mesmo do macaco!, com duração de 45 minutos, é complementada pela exposição em paralelo de seis réplicas de hominínios fósseis e de grandes primatas.
As instituições interessadas nas palestras devem entrar em contato no e-mail evolucaohumana@usp.br, para agendamento.
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Origens em exposição
A exposição itinerante Origens é dirigida para escolas do ensino básico, e composta por 17 banners e 12 réplicas em tamanho natural de hominínios fósseis. Com curadoria do biólogo e paleoartista Rogério Souza, a mostra conta, de forma resumida e ilustrada, o processo evolutivo humano, desde a origem de nossa linhagem há cerca de 7 milhões de anos até o surgimento do Homo sapiens, por volta de 200 mil anos atrás. Facilmente adaptável a qualquer tipo de espaço protegido (salas de aula, por exemplo), necessita de uma área mínima de 50 m2 e de 12 carteiras ou pequenas mesas para servirem de suporte às réplicas que fazem parte do material expográfico. Seu tempo mínimo de permanência é de 15 dias e sua itinerância é restrita à Grande São Paulo. O agendamento deve ser feito com Rogério Souza (rogercsouza@yahoo.com.br). Para ver as fotos da exposição Origens clique aqui.
Há também a instalação Invasão Hominínia, que foi originalmente montada como evento de longo prazo no IEA no início de 2020. Realizada em parceria com o Museu Catavento Cultural, é composta de um grande painel resumindo a linha do tempo da evolução humana, à frente do qual são dispostas seis vitrines (largura: 44 cm; profundidade: 52,5 cm; altura: 1,35 m) com réplicas dos seguintes hominínios: Sahelanthropus tchadensis, Australopithecus afarensis, Homo habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis e Homo sapiens. Também são apresentadas as características de cada espécie, bem como sua cronologia e distribuição geográfica. Para sua montagem, necessita de uma área de parede de 2,50 m de largura, por 3 m de altura, para alocação do painel principal, bem como uma área de piso de 2,70 m de profundidade, por 3,60 m de largura. Informações e agendamento com Gabriel Giannini (gabriel.giannini@cataventocultural.org.br). Para ver fotos da exposição no IEA clique aqui.
Para mais informações sobre o Núcleo de Popularização dos Conhecimentos sobre Evolução Humana e as palestras e exposições sobre evolução humana acesse a página do projeto, neste link.
