USP classifica time para final de campeonato mundial de programação

Com a classificação da equipe do ICMC, em São Carlos, a USP se torna a única universidade brasileira a classificar, nos últimos quatro anos, um time para a final mundial

 22/07/2021 - Publicado há 3 anos
Participantes do International Collegiate Programming Contest antes da pandemia – Foto: Divulgação/ICPC

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“Participar da maratona de programação é sempre uma experiência muito gratificante, ainda mais neste período de pandemia, com tantas mudanças e novidades.” É assim que o estudante Frederico Bulhões, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, resume a experiência de fazer parte de uma das 799 equipes de 196 universidades brasileiras que disputaram a 25ª edição da Maratona de Programação.

Na final da competição, realizada nos dias 9 e 10 de julho, o time Deitando no Gramado, do qual Bulhões participa, conquistou a medalha de prata, consagrando-se como a quarta melhor equipe brasileira na maratona, e conseguiu se classificar para a etapa mundial da disputa, o International Collegiate Programming Contest (ICPC). “Estamos muito felizes pela medalha e por poder representar o ICMC na final mundial”, completa o estudante.

Devido à pandemia de covid-19, as finais mundiais do ICPC estão provisoriamente agendadas para março de 2022. Além de Bulhões, a equipe conta com a participação de mais dois estudantes, todos alunos do curso de Ciências de Computação do ICMC: André Fakhoury e Lucas Turci. Para orientar o time, houve ainda a contribuição de mais dois mestrandos do instituto: Samuel Ferreira exerceu o papel de técnico e Guilherme Tubone, o de técnico assistente.

“Com essa conquista, a USP se torna a única universidade brasileira a classificar, nos últimos quatro anos, um time para a final mundial”, comemora o professor João Batista do Espírito Santo, que coordena o Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (Gema).

Criado em 2007 no ICMC, o grupo de extensão realiza, durante todo o ano, treinamentos e reuniões para preparar os estudantes interessados em enfrentar desafios de programação. “A conquista é uma amostra da nossa regularidade e da renovação dos participantes do Gema”, completa o professor.

“Isso mostra a força do nosso grupo de extensão e do ensino do ICMC como um todo. Todos os integrantes do Gema colaboraram para que esse resultado fosse possível e iremos continuar trabalhando para que essa sequência continue por muitos anos”, diz Ferreira.

O mestrando sabe muito bem do que está falando: ele tem no currículo uma série de conquistas nas edições anteriores da competição. Ferreira fez parte do time campeão da Maratona de Programação em 2018, levando o ICMC à final mundial de 2019 em Portugal. Ele também foi membro do time vice-campeão em 2017, que deu o direito de o instituto participar da final mundial em 2018, realizada em Beijing, na China.

O técnico assistente também tem medalha no currículo: Guilherme Tubone participou da equipe que obteve medalha de prata em 2019, que garantiu vaga para a competição mundial de programação na Rússia no ano passado.

Mais time

Além do Deitando no Gramado, o time Cuscuz com Cachaça ficou em 19º lugar nesta última edição da Maratona. Fizeram parte dessa equipe outros três estudantes de Ciências de Computação do ICMC: Dikson Ferreira dos Santos, Fernando de Souza Lincoln e Thiago Sena de Queiroz.

Time Cuscuz com Cachaça, que ficou em 19º lugar na última edição da Maratona Brasileira de Programação – Foto: Arquivo pessoal

Os mestrandos Samuel Ferreira e Guilherme Tubone inverteram os papéis no apoio ao time: Tubone foi o técnico e Ferreira, o técnico assistente. “Este ano, todas as fases da competição foram realizadas remotamente e houve algumas adaptações. Geralmente, a prova tem duração de cinco horas, e apenas um computador disponível para os três integrantes dos times. Desta vez, a duração foi de quatro horas e permitiram a utilização de múltiplos computadores”, explica Samuel Ferreira.

“Em um ano atípico, fico muito feliz porque a gente conseguiu manter o ritmo de treinos e se adaptar bem para trazer mais uma medalha para o ICMC. É uma experiência sensacional, e saber que nossos esforços foram recompensados é muito bom”, finaliza o medalhista Lucas Turci.

Ele e os demais participantes do Deitando no Gramado ainda não sabem onde e quando ocorrerá a final mundial. A definição está dependendo da evolução da pandemia no mundo. Eles mantêm a esperança de que a competição possa acontecer presencialmente no próximo ano.

Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC-USP

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