Maratona de programação para mulheres busca soluções tecnológicas para acessibilidade

Organizado por mulheres, a edição brasileira do “SheHacks” ocorre em outubro e chama mulheres universitárias cis e trans para propor formas de melhorar a acessibilidade tecnológica na sociedade; inscrições vão até este sábado

 15/09/2022 - Publicado há 2 anos
Voltado a mulheres universitárias, o hackathon deste ano vai premiar soluções que contribuam com o ODS 10 da ONU – Imagem: reprodução / SheHacksBr

 

Mulheres universitárias cis e trans são chamadas a desenvolverem soluções tecnológicas que integrem idosos, pessoas com deficiência e outros grupos minoritários e marginalizados à sociedade. Em sua edição, o evento SheHacks 2022 acontece no dia 22 de outubro e é voltado para mulheres matriculadas em alguma instituição de ensino superior. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de setembro neste link.

“O SheHacks 2022 é um evento destinado a universitárias que são apaixonadas por tecnologia e comunicação”, informam as organizadoras do evento que, além de ser direcionado a mulheres, também é organizado só por elas. Desde 2019, o evento já buscou soluções tecnológicas para temas como divulgação científica, qualidade de vida e acesso a alimentos por meio de hackathons – competições em que as participantes se organizam em grupos e discutem, propõem e desenvolvem soluções ou melhorias para algum problema específico.

A competição é organizada pela CodeLab Initiative (CLI), um supergrupo que reúne voluntários de quatro regiões, sendo: Butantã – sediada no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP; São Carlos – sediada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP; Leste – sediada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP; e Santo André – sediada na Universidade Federal do ABC (UFABC). O evento também é fruto de uma parceria com a Iniciativa Ada, grupo de mulheres voluntárias que promove a maior participação feminina no mundo da tecnologia e tem o patrocínio de empresas como Google e Meta (ex-Facebook).

As inscrições são individuais, mas serão formados times para apresentação de propostas para melhorar a acessibilidade tecnológica na sociedade, utilizando critérios como criatividade, web design, impacto e funcionalidade. A apresentação será presencial. As participantes dos três primeiros lugares receberão uma licença para realização de cursos de tecnologia e negócios digitais e um leitor de livros digitais Kindle; uma assistente virtual Alexa e um headset, respectivamente. Confira o regulamento na íntegra para saber mais.

Edição 2019 do SheHacks Brasil – Foto: Reprodução / Facebook

A última vez em que o evento reuniu as inscritas foi em 2019, já que as edições de 2020 e 2021 foram realizadas de forma totalmente on-line. Este ano, o hackathon volta ao modelo presencial e será na sede da Meta no Brasil, em São Paulo. Outros países realizam a maratona regionalmente, mas com o mesmo propósito: empoderar mulheres e pessoas não binárias em programação e criar um ambiente inclusivo na indústria da tecnologia.

“No momento em que vivemos, a tecnologia cresce exponencialmente e, com isso, grupos minoritários como idosos, pessoas com deficiência, entre outros, acabam sendo excluídos do mundo digital”, afirmam. Com o tema A tecnologia em prol da acessibilidade, o SheHacks 2022 busca desenvolver uma solução que integre esses públicos, promovendo um futuro acolhedor e cumprindo com o décimo Objetivo Sustentável da ONU – a Redução das Desigualdades.

“Assim, a acessibilidade no espaço digital, mais especificamente, consiste em tornar disponível ao usuário, de forma autônoma, toda a informação que lhe for franqueável (informação para a qual o usuário tenha código de acesso ou, então, esteja liberada para todos os usuários), independentemente de suas características corporais, sem prejuízos quanto ao conteúdo da informação”, definem.

 

CodeLab Initiative

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O CodeLab é um grupo de extensão universitária que tem como objetivo estimular a inovação tecnológica na USP por meio de hackathons, grupos de estudo, assessoria de carreira e cursos. O grupo surgiu em 2015 e atualmente é uma iniciativa inter-campi, com núcleos no IME, ICMC, EACH e UFABC, atuando com os alunos de Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas da Informação, além de outros interessados.

Utilizando a jornada do desenvolvedor como conceito, a atuação do grupo visa complementar a formação dos estudantes para que eles se tornem engenheiros de software capazes de desenvolverem sistemas reais.

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