A necessidade de investimento em todos os campos do conhecimento científico, inclusive em ciências sociais e humanidades, para enfrentar a pandemia de covid-19, é o tema da coluna do físico Paulo Nussenzveig. “Em 19 de março último, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações, Correios e Telégrafos (MCTIC) baixou uma portaria determinando prioridades para projetos de pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações para o período de 2020 a 2023”, relata. “Dois dias antes, o Brasil registrava o primeiro óbito pelo novo coronavírus.”
O físico conta que, após várias críticas pelas omissões à ciência básica e às pesquisas em humanidades, em 27 de março a portaria foi alterada, adicionando um parágrafo único em que “projetos de pesquisa básica, humanidades e ciências sociais que contribuam para o desenvolvimento das áreas definidas” anteriormente também seriam “prioritários”. “Em nova investida, a outrora mais importante agência federal de fomento à pesquisa, o CNPq, divulgou, em 23 de abril, novas regras para a distribuição de bolsas de iniciação científica”, aponta.
“Se hoje podemos nos orgulhar das inúmeras iniciativas de pesquisa que estão trazendo resultados concretos na batalha contra a covid-19, isso é resultado de décadas de investimentos nas nossas universidades de pesquisa, com protagonismo majoritário das instituições públicas”, ressalta Nussenzveig. “Esses investimentos não foram apenas em equipamentos e insumos, que estão cada vez mais escassos nessa prolongada crise de financiamento: foram investimentos na formação de pessoal qualificado, desde a iniciação científica.”
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Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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