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“Neste dia 4 de março, toma posse a atriz Regina Duarte como a quinta secretária da atual presidência da República no âmbito da Cultura”, comenta o professor Martin Grossmann em sua coluna Na Cultura o Centro Está em Toda Parte, da Rádio USP (clique e ouça o player acima). “No pano de fundo dessa posse, está nitidamente estampada a relação ao nazismo que Roberto Alvim, o secretário anterior, alardeou com o aval do presidente.”

Diante da polêmica que tumultuou a saída de Alvim e da expectativa da posse de Regina Duarte, o professor Grossmann indica aos ouvintes um documentário já disponível na Internet. “Trata-se da Arquitetura da Destruição, do sueco Peter Cohen, lançado mundialmente em 1989. O filme é resultado de uma ampla e cuidadosa pesquisa que levanta importantes fatos e registros históricos que pontuaram Hitler como o maior tirano da história moderna da civilização ocidental.”

O documentário apresenta os ideais estéticos nazistas que serviram de base para as violentas práticas de extermínio em massa associadas à Segunda Guerra, mas, principalmente, as do processo de homogeneização da nação, gerando o Holocausto. O professor observa que o filme destaca o ditador como um entusiasta das artes. Queria ser pintor. “Em sua juventude, Adolph Hitler acalentou o desejo de se tornar artista. Candidatou-se, em 1907, à Academia de Belas Artes de Viena, mas sua inscrição não foi aceita.” Esse fato, segundo observa o professor, gerou uma enorme frustração que está na base da eugenia, ou seja, projeto de eliminar qualquer tipo de pessoa com deficiência mental ou física, visando à supremacia da raça ariana comandada por Hitler. “As bases estéticas deste ditador são greco-romanas e o ápice dessa trajetória se dá no romantismo alemão, tendo o compositor Richard Wagner como a grande referência, que acreditava que a ópera era capaz de uniformizar todas as formas de arte.”

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