Unidades de conservação precisam da participação da sociedade

Ambiente é o Meio desta semana fala sobre as unidades de conservação que podem ser definidas como áreas que possuem valores ambientais com o objetivo de proteção.

 19/04/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 18/05/2017 as 13:36
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Foto: Cecilia Bastos/Jornal da USP

 O Ambiente é o Meio entrevista a bióloga Rafaela Aguilar Sansão, que concluiu mestrado na Escola de Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP sobre Unidades de Conservação.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) define as unidades de conservação como áreas geograficamente definidas que possuem valores ambientais com o objetivo de proteção.

Entre elas, existem unidades de conservação urbanas que estão inseridas em áreas urbanas ou de expansão e recebem impactos diretos e indiretos. De acordo com Rafaela, essas áreas possuem grande potencial recreativo, educativo e científico que devem ser exploradas; e fornece serviços fundamentais para a qualidade de vida.

A bióloga pesquisou as unidades integrais que priorizam a conservação da biodiversidade ao invés do uso de atividades antrópicas. Dentre as nacionais foram estudadas aquelas totalmente inseridas em malha urbana: o Parque Estadual do Jaraguá e Parque Estadual da Cantareira, ambas localizadas na região metropolitana de São Paulo.

Também, participaram da pesquisa unidades que não estão totalmente isoladas, chamadas Peri Urbanas, a Estação Ecológica de Ribeirão Preto, conhecida como Mata Santa Tereza; e a Estação Ecológica de Assis. “Essas áreas sofrem com a expansão urbana e agrícola”, relata.

Rafaela também pesquisou unidades na Bélgica, Áustria e Holanda, sendo uma delas um parque e duas áreas da Rede Natura 2000 que é a maior rede de áreas protegidas do mundo.

A principal diferença entre as áreas nacionais e internacionais, segundo a pesquisadora, é que nos países da Europa, ela percebeu que o engajamento da sociedade é um dos pilares para as unidades de conservação, o que não ocorre no Brasil. “A participação da comunidade é fundamental para que essas unidades continuem a exercer seus objetivos. Sem ela continuam ilhadas, sem função social e educativa”, afirma Rafaela.

Isso pode acontecer em conselhos com reuniões periódicas e sistematizados que abrem espaço para a participação na gestão.  “Além disso, a equipe de gestão é fundamental, assim como os recursos humanos e financeiros”, finaliza.

Por Giovanna Grepi


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