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ChatGPT. Segundo o professor Luli Radfahrer, muita gente está com medo dessa nova tecnologia, que nada mais é do que um robô, como tantos outros que existem por aí e que prestam serviço de atendimento eletrônico num website ou no WhatsApp, simulando uma pessoa que conversa com seu interlocutor. “Só que esse é uma inteligência artificial e ele consegue escrever longos textos e consegue fazer muitas explicações bastante sólidas, baseado em inteligência artificial.”  É uma tecnologia que ainda está em seu início, portanto, é impossível, por ora, medir seu real alcance. “Na verdade, o ChatGPT e esses vários sistemas de inteligência artificial  são mais ou menos como um estagiário eletrônico. Ele é um assistente muito bom, ele quebra o galho muito bem, mas ele pode tranquilamente cometer erros bastante sérios”, argumenta o colunista. “No fundo, ele é uma calculadora, ele é uma ferramenta, uma régua. Ele é tão novo quanto foi a internet ou o Google ou Wikipédia.”

No entanto, a questão a se colocar é saber se o ChatGPT vai matar todos os empregos do mundo. “Não, provavelmente boa parte dos empregos do mundo vai passar a se apoiar em coisas como ele para crescer; agora, o grande problema é que é uma ferramenta muito pouco transparente e isso pode ter consequências perigosas, pois “a máquina não sabe o que ela está falando, mas às vezes aparenta ser bem convincente, então, se você passar um tempo com ela, você pode elaborar um monte de coisas contra os progressos da ciência”, como acreditar, por exemplo, que a Terra é plana ou que o aquecimento global é uma balela. “A empresa não é clara sobre a transparência, as fontes que ela usa para treinar e as técnicas para geração de conteúdo.” No começo, diz ele, é uma terra prometida, depois se torna uma terra de ninguém e, depois, finalmente, surge uma legislação para colocar as coisas sob controle. “Mas, em resumo, o ChatGPT, como esses vários outros sistemas de inteligência artificial, são ferramentas muito boas, que você precisa conhecer. Elas vão tirar o seu emprego? Provavelmente não, agora, elas vão tirar o emprego de quem não as use.”

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