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José Eli da Veiga traz para o centro de sua coluna a preocupação com os novos dados sobre a questão climática, “muitos até preferem estar dizendo urgência climática, mas é impressionante que não tem urgência nenhuma, a questão climática está sendo tratada como se não tivesse urgência. A rigor, não que precisasse ser alguma coisa do tipo do que foram as providências durante a pandemia da covid, mas é óbvio que, depois de muito tempo de conhecimento do assunto, consciência a respeito da questão, negociações que não terminam mais com essas ridículas COPs, todo fim de ano, que só servem para, na verdade, montar um circo onde se gasta muito dinheiro e, principalmente se emite muito carbono, com tanta gente que pega esses voos para ir para a COP e assim por diante, realmente não é por aí que alguma coisa vai acontecer. A tese que eu tenho defendido é de que, se não houver uma decisão muito pragmática no G20, vão ser necessárias muitas e muitas COPs e não vai avançar absolutamente nada”.

Os dados a que Eli da Veiga se refere acima vieram de um relatório de uma ONG com sede na Alemanha. O que se diz é que as energias renováveis precisam crescer a um ritmo cinco vezes mais veloz do que ocorre hoje, “mas ninguém deu destaque para um outro dado, que é que o petróleo, junto com todas as outras fontes fósseis, tem que cair 6% ao ano; então, é engraçado, porque a gente pensando que o petróleo tem que cair 6% ao ano e olha para o que está acontecendo no Brasil, em que o plano é não só continuar perfurando novos postos para procurar petróleo etc., mas ainda escolhendo lugares onde a biodiversidade, que é uma outra fronteira – que não é a fronteira exatamente do clima -, também seria detonada. É muito chocante se comparar um relatório como esse que eu citei com o que a gente está vivendo no Brasil”.

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