Na 22ª Febrace, estudantes têm a possibilidade de transformar a teoria em prática

Segundo Roseli de Deus Lopes, a feira de ciências estimula a curiosidade dos estudantes e os empolga a produzir, além de possibilitar que criem uma rede de contatos com pessoas também engajadas no meio científico

 01/03/2024 - Publicado há 2 meses

 

A Febrace de 2024 recebeu mais de 3.000 inscrições de todas as 27 unidades federativas do País – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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Estudantes do ensino médio e fundamental de todo o País apresentam trabalhos na 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – Febrace, uma das maiores feiras de ciências do Brasil, aqui na USP. Os autores dos melhores projetos serão premiados com medalhas, certificados, bolsas e indicações para outras feiras.

A professora Roseli de Deus Lopes, doutora em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e responsável pelo evento, conta mais sobre a importância da feira e como funciona a seleção dos melhores trabalhos.

Por que a feira é importante?

Ela explica que a Febrace é uma ótima oportunidade para os estudantes colocarem em prática os conhecimentos que são tratados de maneira teórica nas escolas. A feira de ciências estimula a curiosidade dos estudantes e os empolga para produzir, além de possibilitar que criem uma rede de contatos com pessoas também engajadas no meio científico.

Roseli de Deus Lopes – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

“Mais importante do que apresentar alguns conteúdos e o aluno responder alguma coisa muito próxima daquilo que foi apresentado, é estimular a curiosidade e a criatividade desses alunos. Principalmente para que eles ganhem autonomia para fazer boas perguntas e irem em busca das respostas” explica Roseli.

Os projetos

A Febrace recebeu mais de 3.000 inscrições de todas as 27 unidades federativas do País e ainda algumas indicações criteriosas vindas de outras feiras credenciadas. Desse total, 500 foram selecionadas após uma rodada de banca online, com pesquisadores do mundo inteiro. Depois, 226 finalistas foram selecionados para apresentar os trabalhos ao vivo na feira e concorrer aos prêmios:

“A gente tem várias premiações de entidades diferentes, algumas envolvem recursos financeiros, outras viagens. A que chama mais atenção certamente é essa: a gente leva nove projetos representando a Febrace para um evento internacional nos Estados Unidos, onde participaram 80 países. É uma experiência muito intensa e o mais importante dessa experiência intensa é eles perceberem que eles são tão bons quanto os outros jovens que estão ali”, conta a professora.

Meio ambiente

Os projetos da Febrace são selecionados com base na excelência da realização, mas também privilegiam a relevância e o impacto social. Em 2024, muitos projetos selecionados estão em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

“Com o problema que a gente vem tendo com o Aedes aegypti, a gente tem alguns projetos que endereçam essa questão de como é eliminar as larvas e como impedir a proliferação do mosquito. Tem muitos trabalhos na área de tecnologia assistiva, de próteses de órteses, de como conseguir ajudar alguém que tem algum tipo de deficiência.” 

“Além disso, temos projetos de segurança, robôs e equipamentos que servem para identificar alguma coisa na água ou para prevenir e detectar incêndios e também um endereçando a questão da purificação da água”, cita Roseli de Deus Lopes.

A Febrace acontece no campus Butantã, nos dias 20 e 21 de março, das 8h30min até as 16h30min. A entrada é livre e aberta para todos, mas visitantes em grupo devem fazer cadastro no site febrace.org.br, para manter o controle de presença. No site, os visitantes podem também conferir o material on-line dos 500 finalistas e votar na premiação por votação popular.


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