Museu Afro Brasil Emanoel Araujo une história, memória, cultura, contemporaneidade e arte

Segundo Martin Grossmann, o desafio do museu, depois da morte de seu idealizador, Emanoel Araujo, é o de ampliar a participação coletiva daqueles que integram o legado afrodiaspórico no Brasil

 27/06/2023 - Publicado há 10 meses

Continuando seu tour pelos museus de São Paulo, em companhia dos seus alunos, o professor Martin Grossmann visitou, no último sábado (24), o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, que ocupa todos os 11 mil metros quadrados de área construída do pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, inserido no conjunto arquitetônico modernista do Parque do Ibirapuera, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer.  São três pavimentos, abrigando espaços expositivos, áreas de atuação de educação e mediação cultural, reserva técnica e instalações administrativas, como também a biblioteca Carolina Maria de Jesus e o Teatro Ruth de Souza. Diz Grossmann que se trata de um museu contemporâneo, híbrido, múltiplo, como o próprio Emanoel expõe em um texto-manifesto publicado no site do museu: http://www.museuafrobrasil.org.br/o-museu/um-conceito-em-perspectiva.
Sobre Emanoel Araujo, Grossmann diz o seguinte: “Foi um ser múltiplo, híbrido, contemporâneo como o museu que ele idealizou e desenvolveu e que nos deixou como o seu grande legado. Emanoel foi um artista de vanguarda que, em um contexto branco e racista, viabilizou um empreendimento, um dispositivo crítico, de importância singular para entendermos a formação cultural da nação brasileira. O desafio do museu, depois da morte de seu idealizador e timoneiro, é o de ampliar a participação coletiva daqueles que integram o legado afrodiaspórico no Brasil. Tornar-se de fato um museu interface, um museu participativo, em constante transformação diante de uma realidade cruel, ambígua, injusta, desigual, preconceituosa, que ainda impera neste país.


Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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