Mundo digital mais atrapalha do que ajuda em questões de gênero e preconceito

Para Radfahrer, redes sociais muitas vezes criam ambientes de propagação de ódio e fake news

 02/10/2020 - Publicado há 4 anos

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São inegáveis os avanços que o mundo virtual trouxe, porém, isso não denota uma igualdade social. O ambiente digital pode tanto ajudar quanto atrapalhar no combate ao preconceito e à luta da identidade de gênero. Um exemplo disso são as ferramentas do mundo digital, como os aplicativos, que, em grande parte, são concebidos por pessoas que estão inclusas em ambientes privilegiados e preconceituosos,  como destaca o professor: “Existe muita coisa para ser feita, ainda mais se você pensar que um aplicativo, um programa, é feito por um ser humano e boa parte dessas pessoas são jovens, brancos, homens, urbanos, héteros etc. São pessoas que, mesmo não tendo um preconceito particular, vivem um preconceito sistêmico”.

Radfahrer, porém, aponta que é no próprio meio digital que se pode buscar uma saída, através do uso da realidade virtual como mecanismo para criação de empatia. “Imagina que legal se você consegue, para expandir sua experiência, pôr um óculos, uma roupa de realidade virtual e entrar em um mundo completamente diferente do seu. Então você, por exemplo, se sente como uma mulher por um dia ou por uma festa. Você consegue entrar em algumas experiências completamente diferentes, você consegue entender preconceitos sendo de uma outra etnia ou tendo uma condição física diferente dos outros”, comenta o colunista.

Ouça no player acima a íntegra da coluna Datacracia.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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