Medicamentos biológicos possuem bons resultados no tratamento de doenças oculares

Segundo Eduardo Rocha, essas terapias são relativamente novas e, quando bem indicadas, possuem efeitos muito bons

 14/02/2024 - Publicado há 9 meses     Atualizado: 15/02/2024 às 9:07

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A coluna desta semana do professor Eduardo Rocha trata dos medicamentos biológicos e seu uso no tratamento de doenças oculares. Ele explica que, diferentemente das medicações sintéticas, os medicamentos biológicos são produzidos por organismos vivos, geneticamente modificados em sua maioria, e buscam alvos terapêuticos bem específicos no corpo doente. Alvos que precisam ser controlados, pois estão agindo a favor de doenças. Rocha observa ainda que essas terapias são relativamente novas, cerca de duas décadas, e que agem diminuindo a inflamação, controlando o crescimento tecidual anormal e promovendo uma cicatrização mais efetiva. 

Nos olhos, essa terapia foi inicialmente usada para doenças sistêmicas que também acometem os olhos, como as uveítes e outras inflamações. E, na sequência, os anti-vasculogênicos, usados em câncer, foram testados e se observou grande eficácia na degeneração da mácula. Atualmente existem tratamentos biológicos como opção médica para vários tipos de doenças. Como exemplo, as terapias para doenças inflamatórias da órbita, associadas ou não a doenças da tireoide, e até na forma de colírio para feridas na córnea que não cicatrizam. “De fato, há uma revolução silenciosa na farmacopeia médica ainda em curso”. 

Rocha afirma que essas medicações, quando bem indicadas, possuem efeitos muito bons, mas podem apresentar efeitos colaterais (fraqueza, diminuição da imunidade, dores, problemas de audição, entre outros sintomas) quando atingem alvos em outras partes do corpo as quais não fazem parte da doença que se quer tratar. Por isso, ele recomenda que as pessoas que recebem esse tratamento estejam em contato com seus médicos, pois os efeitos colaterais devem ser informados. Algumas vezes, o tratamento biológico já perdeu o efeito e só sobrou o efeito colateral e, em outras, os efeitos colaterais podem ser minimizados com tratamento e sumir ao final deste. “O médico vai saber junto com cada paciente se é hora de parar ou persistir”. 


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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