Lula e o discurso na Assembleia Geral da ONU

A perspectiva é de diálogo, diplomacia e entendimento em temas polêmicos como guerra da Ucrânia e preservação do meio ambiente

 19/09/2023 - Publicado há 7 meses
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Na presente semana inicia-se a Assembleia Geral das Nações Unidas. Todo mês de setembro,  no início do outono no Hemisfério Norte, tem lugar em Nova York, na sede da ONU, o início das atividades da Assembleia Geral. É uma oportunidade para que os países, os chefes de Estado e de governo apresentem as suas posições em relação aos grandes temas internacionais; esse fato é muito positivo, porque abre um espaço para o diálogo, para a diplomacia e para o entendimento. É verdade que neste ano há uma espécie de esvaziamento da Assembleia Geral em virtude da ausência do presidente chinês, Xi Jinping, do presidente russo, Vladimir Putin, do primeiro ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, do presidente francês, Emmanuel Macron.
Mas outros países participam com proeminência, como os Estados Unidos, Israel, Irã e o Brasil.

O Brasil tem vocalizado no plano internacional importantes questões. Tem advogado uma maior igualdade na distribuição da riqueza mundial – este, aliás, é um pleito extremamente importante, no momento em que a desigualdade no mundo cresce interna e externamente e que a desigualdade é um dos fatores que interrompem o próprio processo democrático, porque cria extremismos e gera manifestações contrárias à própria existência da democracia, mas o Brasil também tem expressado uma preocupação com a necessidade da reforma das organizações internacionais, especialmente da Organização das Nações Unidas, que diz respeito ao Conselho de Segurança […] mas a questão da reforma do Conselho de Segurança é complexa, não só porque ela exige o consentimento de todos os participantes que detêm assento permanente e direito  de veto, mas também porque ela envolve quais serão os países que participarão do Conselho de Segurança, e há aqui uma grande disputa para saber que países ingressarão no Conselho de Segurança e que países permanecerão de fora e isso leva ao risco de uma hierarquização de países e dificulta qualquer critério e qualquer processo de reforma do Conselho de Segurança, mas apenas o ingresso de novos países no Conselho de Segurança não é algo suficiente.

É preciso pensar numa espécie de recomposição entre os diferentes órgãos da Organização das Nações Unidas […] mas esta é uma possibilidade ainda remota, dada a conjuntura internacional desfavorável e dada a falta de vontade efetiva dos países de promover uma mudança de tamanho significado.


Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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