Instituto de Radiologia do HC se vale do avanço tecnológico para criar e inovar

Marcio Biczyk destaca as conquistas do Instituto – que está completando três anos -, os projetos já executados e aqueles que estão em desenvolvimento

 03/10/2023 - Publicado há 7 meses     Atualizado: 06/10/2023 as 12:58
O instituto foi inaugurado em setembro de 2020 e até agora realizou por volta de 45 projetos – Foto: Disponibilizada por Marcio Bickyk do Amaral
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Com o maior Data Lake de saúde do Brasil, o Laboratório (InLab) do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP completa três anos e é um grande centro de pesquisa, tecnologia e inovação. Marcio Biczyk, médico e diretor técnico do Instituto de Radiologia do HC, destaca as conquistas do Instituto, os projetos já executados e os que estão em desenvolvimento.  

O Instituto foi inaugurado em setembro de 2020 e até agora realizou por volta de 45 projetos. Dentre eles, destaca-se a criação de uma plataforma que ajudou a detectar a presença de coronavírus a partir de imagens de raio-x, chamado RadVid-19. O projeto é uma parceria com o setor privado, a empresa Siemens, e é o único no País que segue o modelo de tríplice hélice – um processo de inovação que une a Universidade, empresa privada e governo. Biczyk explica que esse modelo é inspirado no Vale do Silício, região da Califórnia que abriga grandes empresas de tecnologia. 

Atualmente, 15 projetos estão em andamento no Instituto, como um software que realiza uma melhoria na qualidade das imagens dos exames de Ressonância Magnética, um rastreamento epidemiológico, que utiliza dados do prontuário eletrônico do paciente, e um screen epidemiológico.

O médico destaca um projeto criado em 2022, que tem duração até 2027 e que se encaixa nos modelos da tripla hélice. São 10 Universidades participantes – dentre elas a USP, Mackenzie, Universidade de Cincinnati e Universidade da Flórida –, 20 pesquisadores nacionais e internacionais e algumas empresas como a Siemens, Philips e Amazon. “ Nós chamamos ele de The Radiologist, um dispositivo que será responsável por analisar qualquer tipo de imagem, como ultrassom e tomografia, e gerar um laudo automatizado”. 

Inteligência Artificial na Medicina 

Com o avanço das tecnologias, as inteligências artificiais estão cada vez mais presentes nas diversas áreas da medicina. “A inteligência artificial tenta mimetizar, em termos de modelos matemáticos – por isso que chamamos de redes neurais, porque são baseadas no modelo do funcionamento do cérebro –  para fazer processos cognitivos inteligentes, imagens, de detecção de placas, por exemplo. Então, a IA tem um grande potencial de apoio à decisão e melhoria na qualidade do trabalho das pessoas”, pontua o médico. 

Segundo Biczyk, o InLab do Hospital das Clínicas foi inspirado no modelo do Laboratório de IA do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que trabalha, basicamente, cinco áreas de atuação. A primeira é o “aprendizado de máquinas”, a segunda é o “processamento de imagens de visão computacional” – o forte do InLab –, a terceira é o “processamento de linguagem natural” – que consiste no processamento de laudos – a quarta é a “biologia computacional e genética” e a quinta área é de “automação e robótica”. O especialista acrescenta que o futuro, em questões de desenvolvimento tecnológico, é muito promissor e que há um entusiasmo com os novos projetos. 


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