Falta medicação para fumantes no serviço público

Há 45 dias, a medicação indicada, fornecida pelo Ministério da Saúde, não aparece nos postos de atendimento

 15/11/2022 - Publicado há 1 ano     Atualizado: 16/11/2022 as 8:47
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O grupo antitabagismo do Hospital Universitário da USP, que existe desde 2004, mantinha medicação gratuita no combate ao tabagismo. A USP, segundo João Paulo Lotufo, fornecia os medicamentos para ajudar os funcionários a parar de fumar, e isso significa menos falta, menos problemas de saúde. A ação direta da medicação  ajuda a diminuir a síndrome de abstinência, além da consulta semanal que deve ser mantida pelo paciente.

“O que tem acontecido, há mais de 45 dias, é que o fornecimento dos adesivos foi suspenso. Provavelmente por falta de verba para esse setor. O que  acontece na prática é que o grupo diminui sua frequência e os pacientes não retornam periodicamente para pegar a medicação.

“Como é que se consegue desmantelar um programa de saúde em pouco tempo? Nós continuamos incentivando os fumantes a diminuir e cessar o uso do tabaco, mas sabemos que o nosso sucesso vai diminuir. Aonde foi parar o dinheiro da saúde, no orçamento secreto? Apesar de 70% do preço de cigarro ser referente a imposto, não paga nem de perto o custo das doenças  relacionadas ao tabaco”, diz Lotufo.


Dr. Bartô e os Doutores da Saúde
A coluna Dr. Bartô e os Doutores da Saúde, com o professor João Paulo Lotufo, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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