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O professor Bruno Bedo, que está estreando na coluna Ciência e Esporte, diz que, embora a técnica de imersão em água fria seja frequente entre atletas de futebol, sobretudo para fins de recuperação física, sua eficácia ainda não é comprovada. Na teoria, a imersão em água fria é uma técnica que, supostamente, ajuda a reduzir a inflamação e a dor muscular após exercícios intensos, ao promover uma vasoconstrição (redução do diâmetro dos vasos sanguíneos) localizada, o que pode diminuir o fluxo sanguíneo e, assim, reduzir o edema e a dor muscular. Contudo, é válido questionar se a imersão em água gelada produz, de fato, uma resposta fisiológica que aumente a recuperação muscular ou se seus efeitos são puramente psicológicos, o conhecido efeito placebo.

Ainda segundo ele, no futebol, a imersão em água fria pode ser recomendada em até 72 horas, com intuito inteiramente perceptivo, o que significa dizer que o atleta sente a sensação de melhora. O problema é que, até o momento, não existem estudos comprovando que a utilização dessa técnica seja eficiente para a recuperação física e fisiológica do atleta.

Bedo também tem algo a falar sobre os efeitos a longo prazo da técnica das imersões, que são os seguintes: o uso regular de imersão em água fria diminui os parâmetros de desempenho de força, a imersão em água fria não afeta o desempenho aeróbico e, principalmente, ele volta a frisar que os estudos envolvendo o uso regular de imersão em água fria apresentam qualidade metodológica moderada.

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