Na coluna desta semana, o professor Bruno Bedo comenta o estudo da Sports Medicine, o qual analisou mais de 3 mil mulheres grávidas, explorando como a corrida e a dor musculoesquelética associada são afetadas durante a gravidez. Focando nas alterações nos padrões de corrida, na intensidade da dor e nos fatores que aumentam o risco de desconforto, a pesquisa oferece insights valiosos para gestantes ativas.
A continuidade da corrida durante a gravidez é impactada pela redução progressiva na frequência e distância da atividade, com apenas 31% das corredoras mantendo a prática no terceiro trimestre. Além disso, 86% das gestantes relatam dor, principalmente na região pélvica e lombar, exigindo atenção especial devido às mudanças anatômicas da gravidez. A dor experimentada pode ter implicações no pós-parto, destacando a importância do suporte profissional para adaptar a prática da corrida durante esse período.
Os principais fatores de risco para a dor musculoesquelética em gestantes que correm, segundo Bruno Bedo, incluem histórico de lesões prévias, aumentando o risco de dor nos membros inferiores e outras áreas; experiência prévia com corrida, com corredoras mais experientes mais propensas a dores na pelve e novatas com maior risco de dor no joelho; e gravidezes anteriores, que podem alterar a mecânica da corrida e aumentar a probabilidade de dor em várias regiões, exceto nos seios.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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