A coluna Datacracia desta semana trata dos chamados dados sintéticos, que nada mais são do que um conjunto de dados gerado artificialmente, ou seja, não é coletado. Sua principal função é treinar uma inteligência artificial, fornecendo informações complementares sobre determinados assuntos. “O problema é que essas bases de dados têm muito erro conceitual, muito erro de preconceito mesmo”, diz Luli Radfahrer, citando, como exemplo, a medicina ignorar partes do corpo feminino ou um sistema jurídico mostrar-se racista, homofóbico ou machista.
“Para você treinar uma máquina, tudo o que a gente não quer é que uma inteligência artificial tenha os mesmos defeitos do homem, e ainda amplificados”, avalia o colunista. Por isso, é necessário que a base de dados seja isenta de preconceitos. Por enquanto, esse sistema tem funcionado quando aplicado a certas áreas, e há até quem diga que possa levar a sistemas mais justos. Mas pode igualmente levar a erros sistêmicos, “porque a máquina, vamos lembrar, é um indivíduo sem noção, não sabe o que é certo e o que é errado”.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra do comentário do professor Luli Radfahrer.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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