Mudança de cobrança do ISS da origem para destino fará correção da rota

De acordo com projeto de lei aprovado pela Câmara, ISS que é pago por empresas e profissionais liberais com base no município deixa de ser recolhido na origem

 18/12/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 19/12/2019 às 11:37
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Tem município no Brasil que não cobra nenhum tipo de imposto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, em 2015, detectou 265 municípios brasileiros sem nenhum código municipal tributário elaborado. 

Por isso, a aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar 461/17, proposta do Senado, foi considerada importante. E a aprovação foi expressiva, com 312 votos favoráveis e apenas um contrário.

Esse projeto tem prazo para transição de três anos a partir de 2020. Ele cria uma transição para que o Imposto Sobre Serviços, o ISS, que é pago por empresas e profissionais liberais que têm base no município, deixe de ser pago na origem e passe a ser pago no destino onde o serviço é prestado. 

Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

O professor Amaury José Rezende, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP,  especialista em Gestão Tributária, acredita que a mudança de cobrança do ISS do local de origem para o destino vai fazer o que ele chama de “correção de rota”. O professor também defende a federalização da cobrança.

Por outro lado, empresas que têm serviços pulverizados em várias cidades, como as seguradoras e os planos de saúde, reclamam que o pagamento do ISS nas cidades onde os serviços foram prestados vai aumentar os custos operacionais e encarecer para o consumidor.

O professor rebate esse argumento e aponta que a tecnologia já permite o pagamento pulverizado com custo reduzido. “A federalização da cobrança vai agilizar e desburocratizar o pagamento do ISS.” 

Na Câmara, a discussão continua, 11 destaques relativos ao projeto ainda vão ser discutidos e votados, assim, o texto volta para ser debatido no plenário da Câmara ainda este ano. Depois tem que retornar para a aprovação no Senado para passar a vigorar em 2020.

Ouça no player acima a entrevista na íntegra. 


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