A era digital requer profissionais especializados na área para o manejo de dados específicos

Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa comenta que o uso de dados está relacionado à extração de conhecimento e tomadas de decisões

 14/07/2022 - Publicado há 2 anos
Machine learning – Foto: Pixabay
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O profissional de dados é fundamental para a administração de empresas, assim como na área da saúde e prevenção. Em conversa com o Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor do Departamento de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli-USP), Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa, reconhece a importância e diz que o uso de dados está relacionado à extração de conhecimento e tomadas de decisões. 

Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa – Foto: Cest – Poli

Dos profissionais que englobam as áreas da Ciência da Computação e Engenharia Naval, são demandados habilidades específicas e bons conhecimentos nas áreas de estatística, Inteligência Artificial e ciência da informação, funcionando como o que seria um “grande bibliotecário, responsável por organizar os dados dentro de uma empresa”. Justamente por abranger esses conhecimentos e por exigir especialização, houve uma reorganização dos profissionais que delimitou a carreira de engenharia de dados e de analista de dados, cada um com suas particularidades, além de expandir as áreas de especialização. 

Corrêa explica o porquê da divisão, a qual envolve fatores de profissionalismo na área. Ele destaca a função dos engenheiros de dados, que está mais voltada para a organização e preparação de informações. E depois complementa, fazendo um paralelo com as funções dos cientistas de dados: “Este é focado na questão da extração, preparação e geração de modelos primitivos, e visualização dos dados”. 

Duas outras funções mencionadas por Corrêa são a de engenheiro de machine learning, profissional que utiliza modelos desenvolvidos utilizando técnicas de aprendizagem de máquina, para incorporar informações no dia a dia de empresas, e o jornalista de dados.  “A área de Ciência de Dados não é uma área da Engenharia de Computação especificamente”, ressalta o professor. Com sua gama de aplicabilidades, como análise de informações na engenharia mecânica, com as manutenções preditivas, ela é utilizada nos transportes, nos big datas da saúde pública e outros sistemas que demandam uma infraestrutura desenvolvida por esses profissionais. 

O que a USP oferece 

A Escola Politécnica da USP, acompanhando a mudança no manejo de informações e dados vinculada a novas especialidades, vem incorporando disciplinas e cursos de extensão na área da graduação. Corrêa destaca o curso de data analytics na graduação, para qualquer uma das engenharias disponibilizadas pela Poli. Para aqueles que estão se iniciando na análise de dados, ele chama atenção para os cursos de engenharia e da ciência da computação, que “fornecem uma informação básica” sobre a área. 

Uma alta especialização é demandada para os que já estão inseridos no mercado e possuem interesse em atuar nessa carreira. Para isso, os cursos de extensão e especialização do programa da Escola Politécnica são agregadores. São oferecidos cursos na área de ciência de dados e de big data, além de oportunidades em pós-graduação em Engenharia da Computação, com pesquisa de mestrado e doutorado na temática. 


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