Cinegenoma debate dilemas da ciência a partir de filmes e séries

Projeto do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP está na sexta edição com transmissão on-line nesta quarta-feira, às 20 horas, do debate sobre o filme “A Vida Imortal de Henrietta Lacks”

 16/03/2021 - Publicado há 3 anos
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Renee Elise Goldsberry interpreta Henrietta Lacks no filme que apresenta dilemas da ciência – Foto: Reprodução/ HBO

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Unir informação e entretenimento, trazendo para discussão a ciência na sociedade, com maior foco em genética, por meio de filmes e séries, de forma a levar conhecimento para o público geral. Esse é o objetivo do Cinegenoma, iniciativa do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, que promove na próxima quarta-feira, dia 17 de março, às 20 horas, um debate sobre o filme A Vida Imortal de Henrietta Lacks, de 2017. O evento será transmitido pelo Canal do Youtube do Genoma USP, neste link.

O filme conta a história de uma mulher norte-americana que, em 1951, sofria de câncer de colo uterino e teve suas células doadas involuntariamente para a ciência. As células cancerosas de Henrietta constituíram a primeira linhagem celular imortal da história, conhecidas como células HeLa. As células HeLa são utilizadas ainda hoje em diversas pesquisas. Contudo, a família Lacks nunca recebeu uma compensação financeira pelo seu uso e, até o lançamento do livro homônimo por Rebecca Skloot, em 2010, a história dela era pouco conhecida fora do meio acadêmico.

Para o debate sobre o filmeestarão presentes os convidados Cristina Caldas, diretora de Ciências do Instituto Serrapilheira, Merari Ferrari, professora associada do Instituto de Biociências da USP, e João Cortese, professor de Filosofia da Ciência no Instituto de Biociências da USP, com mediação de Andréa Grieco, formada em Ciências Biológicas na USP com enfoque em divulgação científica.

Em edições anteriores, o Cinegenoma colocou em debate a genética presente nos filmes Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, Planeta dos Macacos e Gattaca, além de um episódio da série House.
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No filme produzido por Oprah Winfrey, a mesma atua como Deborah Lacks, a filha de Henrietta, e Rose Byrne representa Rebecca Skloot – Foto: Reprodução/ HBO

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Capa do livro de Rebecca Skloot que inspirou o filme – Foto: Reprodução

 

Entretenimento e ciência

O Cinegenoma nasceu de uma ideia do biólogo Rodrigo Mendes, educador do CEGH-CEL, inspirado pelo Ciclo de Cinema e Psicanálise, programa desenvolvido pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) que envolve uma conversa sobre entretenimento e ciência. Ele percebeu que uma iniciativa dessas, além do conhecimento promovido pela discussão, poderia gerar conteúdos didáticos para professores.

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O projeto foi aprovado e passou a ser gerido pelo Genoma USP, que tem como coordenadora da área de difusão a professora Eliana Dessen, do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB). Então, ficou acertado que a seleção dos filmes ou séries levaria em consideração temas interessantes de abordar e que se relacionassem com o trabalho desenvolvido no Centro de Estudos, conforme conta Andréa Grieco, comunicadora de ciência e social media do grupo. “A gente tenta dar preferência para filmes que estejam disponíveis em plataformas de streaming também, mas nem sempre elas atendem às demandas”, comenta.

A primeira edição foi realizada em agosto de 2020 com o filme Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros. Andrea conta que “o debate caiu na comunidade dos fãs do filme e de admiradores de dinossauros, o que fez o evento ‘bombar’”. De acordo com ela, a comunidade que gira em torno do filme é importante para o engajamento. O Filme Gattaca- A Experiência Genética  também fez sucesso e tem sido utilizado por professores para discutir a questão da genética com os alunos.

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Para acompanhar o debate sobre o filme A Vida Imortal de Henrietta Lacks basta acessar às 20 horas o Canal do Youtube do Genoma USP: youtube.com/c/GenomaUSP

Para saber sobre outros debates do Cinegenoma, acompanhe o grupo Genoma USP pelo siteFacebook e Instagram. Os debates anteriores também estão disponíveis no Youtube pelo canal GenomaUSP.


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