Retomando o tema das manifestações antirracistas que vão pelo mundo, o professor Guilherme Wisnik cita uma canção que se tornou um hino contra o preconceito racial: Strange Fruit, lançada em 1939 e que se tornou muito famosa na voz de Billie Holiday. “Há quem diga que ela é a Marselhesa dos negros americanos sulistas, uma canção revolucionária, capaz de guiar a grandes insurreições”, afirma o colunista.
Wisnik lembra que a música chegou a ser proibida na África do Sul durante o apartheid e, nos EUA, era cantada com muita reticência, tanto que a Columbia Records negou-se a gravá-la durante muito tempo. Nos shows, Billie Holiday a interpretava como se fosse uma oração. O curioso é que essa canção foi composta por um branco, Abel Meeropol, um professor judeu do Bronx. A letra fala sobre o linchamento de negros e traz imagens muito potentes.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna Espaço em Obra.
Espaço em Obra
A coluna Espaço em Obra, com o professor Guilherme Wisnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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