Os sinais de que as coisas estão mudando em relação à sustentabilidade, segundo o professor José Eli da Veiga, são claros. “Mesmo que muitos desses sinais possam ser apenas retóricos, o fato é que muitas empresas voltam suas atenções ao principal problema da sustentabilidade, que é o aquecimento global”, diz o colunista. Para ele, uma das evidências é o fato de que os setores financeiros passaram a exigir das empresas que eles capitalizavam um comportamento mais responsável em relação à sustentabilidade. “Isso começou em dezembro de 2015, às vésperas do acordo de Paris”, lembra Eli da Veiga.
Eli da Veiga destaca ainda o ano de 2017, quando outras situações começaram a acontecer. “No final daquele ano, o presidente francês Emmanuel Macron promoveu o encontro One Planet, em resposta às ameaças de Donald Trump de deixar o acordo de Paris”, lembra. Naquela oportunidade, oito bancos centrais criaram a Rede para o Esverdeamento do Setor Financeiro. “Essa rede está hoje com 69 bancos centrais e tem uma lista de 13 observadores, dentre eles o FMI, Banco Mundial e Banco Interamericano, além de vários bancos regionais.” De acordo com o colunista, essa organização tem hoje quase 80 entidades que buscam sensibilizar o setor financeiro sobre as questões do clima. Eli da Veiga traz o tema com detalhes em seu artigo Antes tarde do que nunca, publicado hoje no jornal Valor Econômico.
Ouça no player acima a íntegra da coluna Sustentáculos.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.