Fator emocional auxilia na manifestação do herpes labial

O “Saúde sem Complicações” desta semana fala sobre a infecção causada pelo vírus HSV-1

 06/12/2017 - Publicado há 6 anos
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Quase toda a população tem ou teve contato com o vírus HSV-1, causador do herpes labial, mas nem todos desenvolvem a infecção. No Saúde sem Complicações, o professor Vinicius Pedrazzi, do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP, fala sobre essa infecção virótica.

As pessoas podem ter herpes em qualquer momento da vida. É comum que as lesões aconteçam na mucosa labial e na região de transição entre o lábio e a pele do lábio. Entretanto, o professor conta que podem aparecer na base do nariz e próximo aos olhos, o aparecimento depende do sistema imunológico e da exposição.  O herpes labial pode ser confundido com alergia da luva de borracha nos atendimentos odontológicos, por exemplo, e até com ulcerações aftosas.

O vírus se propaga pelo sistema nervoso, conta, e muitos pacientes relatam que sentem sinais antes das lesões aparecerem. Como, por exemplo, coceira e ardência no lábio e sensibilidade, como se estivesse anestesiado. Além disso, o herpes pode ser transmitido, principalmente, quando apresenta vesícula, porque a parte genética do vírus está com a função de alastrar a lesão. O contágio pode acontecer pelo beijo e até na divisão de talheres.   

Pedrazzi ressalta que a infecção está diretamente relacionada a fatores emocionais como estresse, frustração, depressão e ansiedade, por exemplo. Outras condições são mulheres em período pré-menstrual, queda de resistência, consumo de álcool e o sol. “O sol é muito importante para ativar algumas vitaminas, mas no período recomendável e usando protetor solar, inclusive labial”, afirma o professor.

As lesões sem tratamento podem permanecer por até 14 dias, mas ao utilizar os antivirais, seja de via oral ou pomada, cai para cinco a sete dias. Ele também afirma que depende da imunidade e do número de lesões. Além disso, o professor revela que, na USP em Ribeirão, parceria entre Forp e Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) já tem estudos que podem levar à redução desse tempo.

O programa Saúde sem Complicações é produzido e apresentado pela locutora Mel Vieira e pela estagiária Giovanna Grepi, da Rádio USP Ribeirão.

Por: Giovanna Grepi


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