Poluição luminosa pode afetar a saúde e até inverter o ciclo de sono

O uso excessivo e inapropriado da luz artificial pode causar ou agravar problemas como a hipersensibilidade, distúrbio do sono, obesidade, diabete, entre outros

 24/08/2022 - Publicado há 2 anos

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Resultado da relação entre indivíduo e ambiente, a poluição luminosa se estabelece a partir do momento em que essa soma provoca impacto negativo, tanto à saúde do indivíduo quanto ao ambiente em que ele está inserido. Nesta edição do Fique de Olho, o professor Eduardo Rocha coloca em pauta a poluição luminosa e como ela afeta a saúde humana.

Provocada pelo uso excessivo e inapropriado da luz artificial, Rocha explica que a poluição luminosa pode afetar o ciclo de vida de microrganismos, plantas e pequenos animais, por conta da interrupção do ciclo noturno. Em relação à saúde humana, “problemas como distúrbio do sono, obesidade e suas consequências, como o diabete etc., podem estar relacionados, por exemplo, à inversão do ciclo circadiano”, conta o professor. Um dos possíveis problemas causados ou agravados por essa condição tem sido a hipersensibilidade.

Rocha explica que pesquisas que partem da observação vão permitir conhecer melhor os efeitos do uso excessivo de luz artificial para os hormônios das pessoas, para a reprodução dos pequenos animais, entre outros. 

Diante disso, o professor afirma que o uso de mapas de luminosidade “darão ideia de onde essa luz artificial mais se concentra, nas regiões do mundo, e, assim, poderão ser estabelecidas previsões e maneiras de atuar nos impactos negativos, tanto na geração de energia para dar suporte a essa luz como em maneiras de modular a sua intensidade e o tempo de exposição”.


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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