Políticas de mobilidade em São Paulo precisam colocar segurança em primeiro lugar

Em sua coluna, Nabil Bonduki discute o julgamento do microempresário José Maria da Costa Júnior, que atropelou a cicloativista Marina Harkot, na Avenida Sumaré, no dia 8 de novembro de 2020

 25/11/2021 - Publicado há 2 anos
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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, discute o julgamento do microempresário José Maria da Costa Júnior, que atropelou a cicloativista Marina Harkot, na Avenida Sumaré, na zona oeste de São Paulo, no dia 8 de novembro de 2020.

O professor lembra que Marina “estudava exatamente a questão das mulheres e a mobilidade por bicicleta na cidade de São Paulo”, algo que tornou seu atropelamento ainda mais trágico. O caso, como lembra Bonduki, chocou a todos pelo fato de que o atropelador, alcoolizado na noite em questão, não ofereceu socorro à vítima.

“Todos nós esperamos que haja uma punição para esse motorista. E não é uma questão de vingança, já que nada vai trazer a Marina, uma pessoa absolutamente excepcional, de volta”, lembra ele. Na opinião do urbanista, o caso precisa ser punido para deixar ainda mais evidente que as bicicletas e os pedestres precisam ser respeitados nas ruas da cidade.

Para Bonduki, o que vemos hoje é “uma política de mobilidade que não coloca a questão da segurança em primeiro lugar”.  Por isso, é importante que a Prefeitura dê continuidade ao programa de implantação de ciclovias e ao programa de redução de velocidade para garantir o respeito à vida.


Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio  USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP.

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