O teste de marshmallow e a relação com o capital emocional

O teste revelou que, nesse caso, a espera é indicativo de que se pode fazer boas escolhas e desenvolver a capacidade de resiliência, diz Luciano Nakabashi

 06/03/2024 - Publicado há 2 meses

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Nesta coluna, Luciano Nakabashi escolhe como tema o teste de marshmallow, desenhado pelo psicólogo Walter Mischel quando era professor na Universidade Stanford. O objetivo do teste era analisar as estratégias de crianças para conseguir postergar um prêmio, que se constituía num doce a elas oferecido diante da promessa de, se esperassem pela volta do entrevistador, ganhariam dois em vez de um. Aquelas crianças que conseguiram postergar o prêmio foram acompanhadas pelos pesquisadores, os quais verificaram que tinham uma taxa maior de sucesso em várias áreas.

“Isso acaba pegando muito dessa questão do capital emocional, que é a resiliência que a pessoa tem, a capacidade de aproveitar o seu potencial. Quando as crianças conseguiam esperar, elas conseguiam pensar em melhores estratégias, em situações onde esperar é importante […] você tem uma questão de estratégia, de elaboração de estratégia e, dentro das escolhas, tomar aquela escolha que é melhor para você; não é só uma questão de esperar, é uma questão de fazer boas escolhas. Quando a gente aproveita melhor o nosso potencial, é porque, de fato, a gente acaba fazendo ali melhores escolhas, justamente para aproveitar melhor o que a gente tem de possibilidades. Esse teste acaba pegando essa questão do capital emocional, que acaba sendo, junto com outros elementos, como a própria educação, fundamental para o sucesso da pessoa ao longo da vida dela”.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente,  quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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