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Em sua coluna Bibliomania desta semana, a professora Marisa Midori aborda a bibliografia. “Diferente de reclame, a palavra bibliografia convive conosco desde os primeiros tempos da escolarização”, afirma. “Eu me lembro – e nossos ouvintes hão de se lembrar também – que quando a professora pedia um trabalho, todo um ritual era organizado. A gente ia à biblioteca da escola ou a do bairro – eu adorava ir à biblioteca do bairro com meus amigos –, pegava os livros, lia aqui, cortava ali, copiava lá e… no final, anotava tudo na seção Bibliografia”, lembra.

Além disso, a professora fala sobre as regras de escrita, ou seja, o registro civil do livro: autor, título, local de edição e data de edição, além da ordem: sobrenome (em caixa alta) e nome (caixa alta e baixa) e o recuo, ou o chamado parágrafo francês. “Essas formalidades foram cristalizadas durante séculos de tradição bibliográfica”, conta.

Segundo a professora, o bibliógrafo se inscreve numa longa tradição de estudiosos, portanto, de especialistas cuja função primordial era, e continua sendo, a de sistematizar o conhecimento segundo critérios vários, por exemplo, topográficos, cronológicos, temáticos ou autoral. “Daí a importância da bibliografia e o papel fundamental dos profissionais da área”, destaca. “Sem eles, esse oceano de escritos que a humanidade vem acumulando por milênios, desde os códices manuscritos, passando pelos livros impressos até as informações despejadas nas nuvens, ficaria tão disperso que não saberíamos por onde começar nossa busca.”

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