Nesta época do ano, em que são comuns as mudanças de temperatura, gripes e resfriados se tornam uma ameaça e, sob essas condições, o melhor a fazer é evitar a prática da atividade física. Quando nos exercitamos fisicamente nessas condições, podemos criar complicações que custarão muito mais do que dois ou três dias da prática, alerta o professor José Carlos Farah.
Ele explica: “O gasto energético utilizado na atividade física enfraquece mais nosso sistema imunológico, que já deve estar fraco pelos próprios sintomas da doença, e pode favorecer infecções por bactérias oportunistas. Dependendo do caso, se tinha um resfriado pode evoluir para uma gripe, e, se tinha uma gripe, pode evoluir para uma pneumonia. Lembrando que resfriados e gripes têm um curso definido e duração prevista, que dispensa tratamentos mais complexos, nada além da medicação para alívio da febre, coriza, entre outros sintomas. Uma vez passados os sintomas ou até diminuindo, pode retornar à prática de forma gradual”.
Agora, se os sintomas forem leves, sempre dependendo do caso, é possível continuar com a prática, “mas talvez mudando para um horário menos frio, por exemplo. Também usar roupas mais quentes, que nos protejam do vento e do ar frio, ajuda muito. Às vezes, só a diminuição da intensidade e duração da prática já é suficiente. A cautela é muito importante para que não fiquemos mais doentes. Devemos sempre prestar atenção no nosso corpo e não na possível perda de um treino. Uma boa recuperação é muito importante para que possamos voltar à rotina de exercícios”, conclui o colunista.
Corpo e Movimento
A coluna Corpo e Movimento, com o professor José Carlos Farah, vai ao ar quinzenalmente terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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