Na manhã do dia 18 de janeiro, dois importantes institutos da USP inauguraram suas novas sedes. O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) passa a ocupar parte do Espaço Brasiliana USP e o Instituto de Estudos Avançados (IEA) se instala no térreo do Prédio da Administração Central, ambos na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, na capital paulista.
A diretora do IEB, Sandra Margarida Nitrini, fez questão de agradecer o apoio do reitor Marco Antonio Zago que, “desde o início até o fim de seu mandato, nos deu todas as condições, inclusive nos deixando com a verba necessária, para que esta tão almejada mudança se realizasse. Foi iniciativa de sua gestão expor a riqueza dos acervos dos museus, dos institutos e das Unidades, criando a galeria de exposição no saguão do prédio da Reitoria, com o objetivo de mostrar nossa riqueza cultural, tanto para a comunidade uspiana quanto para a sociedade. O convite para o IEB inaugurar aquele espaço com a exposição Traço-Compassos Mário de Andrade em caricaturas, de abril a julho de 2015, muito honrou nosso Instituto e significou um reconhecimento da importância do IEB dentro da USP e para a USP”.Em seu discurso, o reitor Marco Antonio Zago afirmou que, “assim como todas as universidades do mundo, a USP tem missões comuns de formação e pesquisa, mas o IEB, desde a concepção de seu fundador, Sérgio Buarque de Holanda, tem uma missão mais nobre: a de analisar nossa história, nossa cultura, não só na perspectiva do passado, mas também como ela se reflete nos dias atuais. Trazer o IEB para um dos espaços físicos mais nobres da Universidade é reconhecer esse papel”.
Atualmente, o setor administrativo e o Arquivo do IEB já estão instalados na nova sede e a previsão é que a mudança completa da Biblioteca, da Coleção de Artes Visuais e dos Serviços de Restauro e Digitalização deve ser concluída até o final de maio.
De acordo com a diretora, a contrapartida proposta pela Reitoria foi a reserva de um espaço na nova sede do IEB para abrigar o Projeto Core Facility e seus equipamentos. Esse projeto, de interesse institucional amplo, envolvendo toda a Universidade, propõe a criação de um centro de compartilhamento de serviços voltados para a digitalização e restauro de documentos de Museus, Institutos e Unidades da USP.
Nova sede do Instituto de Estudos Avançados
No mesmo dia, outro importante instituto da USP, o Instituto de Estudos Avançados (IEA), inaugurou sua nova sede, com uma cerimônia prestigiada por ex-diretores, intelectuais, pesquisadores, dirigentes e os secretários Estaduais da Educação, José Renato Nalini, e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella.
O novo espaço tem uma área aproximada de 1.600 metros quadrados (170% maior do que a atual sede) e é composto por áreas de convivência, cinco salas de reuniões, espaço multiuso, área administrativa, um auditório com capacidade para 120 pessoas (a antiga Sala do Conselho Universitário) e uma sala de eventos para 60 pessoas, que foi batizada como Sala Alfredo Bosi, em homenagem ao ex-diretor e único pesquisador do IEA a integrar o Instituto desde a sua criação.
Bosi, que também é atual editor da Revista Estudos Avançados, falou sobre a história e a importância do Instituto e recordou que “este espaço vem abrigar uma instituição que foi criada para acolher pesquisadores da USP e de fora. Percebi, ao participar do primeiro conselho do IEA, que um dos motivos fortes da sua fundação era aproximar estudiosos de todas as áreas, que a geografia da Cidade Universitária tinha dispersado. Corrigia-se assim o isolamento físico das Unidades pelo convívio em uma instituição aberta por excelência”.
O diretor do IEA, Paulo Saldiva, fez questão de agradecer ao ex-reitor da USP e atual presidente da Fapesp, José Goldemberg, por ter criado o Instituto em sua gestão; ao reitor Marco Antonio Zago; ao superintendente de Espaço Físico, Osvaldo Shigueru Nakao; e aos ex-diretores do Instituto presentes. “Nesses 32 anos de existência, esta é a primeira vez que o IEA tem, de fato, uma sede. Essa inauguração vai além de aumentar a área física, porque o Instituto tem que ser um motivo de orgulho para a USP, uma representação do seu peso, do seu conhecimento e da sua dignidade. O IEA é um lugar para analisar temas complexos e deve cumprir o seu papel de propor ações, ajudar e fazer parte do pacote de soluções”, defendeu Saldiva.
Em seu discurso, o reitor Marco Antonio Zago lembrou que “o IEB e o IEA representam aquilo de mais importante e nobre que existe na missão da USP. O IEB como um instituto dedicado ao estudo da cultura e da história brasileira; o IEA com a função central de aproximar fisicamente e intelectualmente as pessoas e, mais importante ainda, de aprofundar a relação da Universidade com a sociedade. Criar espaços em que as pessoas possam se encontrar foi uma preocupação muito presente na minha gestão. Um exemplo disso é a Praça Milton Santos, que acabou de ser inaugurada e que será um local de encontro entre as pessoas na Universidade”.