A USP é a universidade brasileira mais bem colocada no ranking elaborado pela consultoria britânica Times Higher Education (THE) para avaliar as melhores instituições de ensino superior da América Latina.
A classificação foi divulgada no encerramento do Fórum Latino-Americano promovido pela THE, no dia 18 de junho, na cidade de Lima, no Peru. O evento reuniu dirigentes de instituições de ensino superior da região para discutir as melhores iniciativas e propostas sobre como alcançar a excelência acadêmica. A USP foi representada pelo reitor Vahan Agopyan.
No ranking, a USP ocupa a segunda colocação, ficando atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile. Em terceiro, está a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Considerando as três edições anteriores do ranking, esta é a primeira vez que o Brasil não tem instituições na liderança. Em 2016, a USP foi a primeira colocada e, nos anos seguintes, a liderança da tabela foi da Unicamp. No top 10 das universidades, entretanto, o país lidera com mais quatro instituições classificadas, além da USP e da Unicamp: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
“Pelos critérios adotados para o ranking latino-americano do THE, é uma conquista significativa para uma universidade grande e que abrange todas as áreas do conhecimento como a USP continuar em segundo lugar. Deve-se atentar que as coirmãs que compartilham conosco os primeiros lugares têm tamanho e abrangência menores em relação à nossa Universidade. Como todas as instituições estão progredindo, conseguir manter-se na mesma classificação significa que evoluímos de um ano para outro”, destacou Agopyan.
Segundo o reitor da USP, “como universidade pública e mantida principalmente pelos contribuintes do Estado de São Paulo, nosso objetivo é atender aos anseios da sociedade paulista e brasileira, sendo a boa classificação nos rankings nacionais e internacionais uma consequência”.
A THE avaliou, em 2019, 150 universidades de 12 países da América Latina. Os critérios adotados são os mesmos aplicados no ranking mundial do THE, mas com modificações para refletir melhor as características das escolas superiores da região. São considerados 13 indicadores de desempenho, dentro de cinco áreas: ensino (ambiente de aprendizagem); pesquisa (volume, renda e reputação); citações (influência da pesquisa); perspectiva internacional (pessoal, estudantes e pesquisa); e renda da indústria (transferência de conhecimento).
O Brasil é o país com maior número de universidades avaliadas: 52 no total, seguido pelo Chile, com 30 representantes.